segunda-feira, 29 de julho de 2024

Mérito financeiro

O óbvio que resulta na poupança.

Este tem sido realmente um bom ano de poupanças e há realmente coisas que me têm saltado "à vista" como impulsionadoras disso mesmo.

1.º Ter uma meta, com nome e prazo. Definir para que quero o dinheiro, quanto quero e até quando. Porque a partir daí a minha mente já só trabalha para aquele valor.

2.º Estabelecer a minha meta por fases, ou seja, dividir em pequenas partes que assim custa menos. A minha meta deste ano era de 7 mil em dezembro, quando cheguei em julho e já a tinha ultrapassado defini mais 2 mil até dezembro. Ou seja, uma mini meta de + 2 mil e acabei por não me encostar ao já ter cumprido a meta anual de 2024.

3.º Os extras serem realmente tratados como extras. Um dos extras que tenho dura à 10 anos, e sempre o fui gastando aqui e ali, ora combustível, ora algum miminho para mim, ora isto, ora aquilo. O certo é que me aliviava o ordenado mas nem por isso eu acabava por poupar mais de ordenado, gastava-o na mesma. Então não estava a ter usufruto destes valores que me entram a mais. Passei então a direcionar tudo o que me chega "por fora" do ordenado a poupanças, é que esse dinheiro até anda numa bolsa ao lado mesmo de propósito para não o misturar com o ordenado. Porque se trabalho, o meu ordenado tem de chegar para a minha vida, vá que os extras acabam não é?.

4.º Não menosprezar o dinheiro. Já vos disse que para mim todos os cêntimos contas e realmente contam mesmo. Se me sobram 5, 7, 3€, pois que são poupança na mesma. Não me importa os valores, até podem mesmo ser só vinte cêntimos mas ficam juntos à poupança do mês seguinte. E com estas brincadeiras de juntar tudo até ao fim tenho aumentado e muito as minhas poupanças.

5.º Acreditar que o pouco a pouco ao final de um prazo, seja um ano, dois ou cinco, fará mesmo a diferença. Lembram-se da poupança que quero fazer no banco como reserva para eventualidades? Pois que quando a decidi criar o objetivo seria só arrancar com esta poupança em setembro de 2024, pois que já lá tenho 174,72€. Poquinho a pouquinho, e já são praticamente 200€, sendo que lá quero juntar mil. Vêm a diferença que faz? Já vou começar a meta em setembro com parte do caminho feito. 

6.º Olhar para o lado. Importa muito ter real consciência daquilo que nos rodeia quando estamos a poupar, porque definimos realmente o que é necessário para viver e a partir daí é fácil cortar com aquilo que afinal não é tão necessário. Principalmente se for definida uma meta temporal, por exemplo: abdicar de extras por 6 meses, ou por 3. Eu própria fiz isso no primeiro trimestre deste ano, de janeiro a março sem comprar nada que não fosse realmente necessário, nesses 3 meses poupei 1350€, se for olhar para os últimos 3 meses, de maio a julho, poupei 1814,05€, ou seja, quase 500€ a mais que no trimestre em que me OBRIGUEI a não gastar com o fútil e porquê? Porque se torna um abre-olhos, passamos realmente a ver com o que há necessidade de gastar dinheiro. E também porque, como vos descrevi no ponto 3, os extras passaram a ser vistos como eles próprios, extras, e sempre poupança. A experiência traz diferença.

7.º Aponto tudo o que gasto, e mesmo antes do mês começar já tenho preparado a nota dos gastos que já conheço e/ou já chegaram as faturas, como exemplo: mensalidade da habitação, luz, vodafone, meo, etc's. Assim já sei que quando receber o ordenado x desse valor já não é meu. Normalmente é quando defino também o que tirar logo para poupança mal receba.

8.º Ter a disciplina de me pagar sempre a mim primeiro. No dia que pago a habitação, normalmente último dia do mês ao que vai entrar, ou logo no dia 1, também me pago a mim a poupança. E daí saí logo a primeira poupança mensal, depois a conseguir fazer mais valor seja em extras, seja em sobras de ordenado voam na mesma para a poupança. Se for pouco e não der para mobilizar/fazer reforços deixo na conta e junto à poupança do mês seguinte. Quase que fico com a conta a zeros com estas duas mobilizações 😅, mas também é isso que me tem ajudado a perceber o que preciso realmente ou não, porque:

9.º O facto de ter pouco dinheiro disponível depois de pagar as contas e a poupança obriga-me a pensar, "eu preciso de comprar mesmo isto?", "faz realmente diferença?", e melhor ainda... o facto de me ver com pouco faz-me sempre pensar "será que consigo chegar ao final do mês ainda com qualquer coisinha?". E é sempre uma corrida até ao dia de receber novamente e ver se deu para esticar mais a poupança e acabo sempre por ter decisões mais conscientes. De priorizar o que importa.

10.º Não deixar de viver experiências e lazer. Esta apesar de ser das última descrições que faço, tem impacto em todas as restantes. O facto de me permitir viver coisas que gosto ajudam muito nesta força por trás dos méritos. Até porque ao invés de procurar por compras, procuro por lazer gratuito, e isso ajuda-me a perder o pouco tempo que tenho livre, mas a ocupá-lo com sabedoria, e não a ligar e a querer tudo com o que sou bombardeada na internet/anúncios. Ajuda ter um bebé aventureiro que gosta de passear pelas ruas.


6 comentários:

  1. Boas dicas :)

    Adorei mesmo e tocas aí em pontos muito fundamentais.

    Eu vou tentar este mês de Agosto pagar-me a mim 1º Vamos lá ver como corre! :P

    Beijocas

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    Respostas
    1. Faz toda a diferença mesmo, vais ver que vai mexer com a tua forma de ires vivendo o mês depois :)

      Beijinho Cláudia, uma boa semana

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    2. Sim, o pagar a nós em primeiro é mesmo a melhor solução para se poupar. Há vários anos que tenho uma poupança onde uma % do ordenado vai para lá, mesmo quando estava desempregada.

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    3. Também é a minha forma de poupar preferida, fico logo de consciência tranquila.

      Beijinho Marisa

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  2. Gostei bastante de ver a teu modo de poupar...
    Parabéns pela tua dedicação.
    Bjs, Lucia P.

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