sábado, 30 de novembro de 2019

Finalizar #11

Resultado de imagem para novembro

Novembro. 30 de Novembro.
Foi bom chegar aqui.

Este mês foi frio, chuvoso, ventoso, quase sem sol, mas foi dos mais rápidos do ano. Pelo menos para mim. Iniciou e entretanto estava a dia 25, ultima segunda-feira do mês e já a olhar para o que seria o mês de Dezembro.

Bati a primeira meta financeira, e foi o meu melhor mês de sempre.

É bom chegar aqui. Tão bom.
Obrigada Novembro. Até 2020.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Análise Financeira - Novembro/19

Novembro é aquele mês do calendário ingrato como tudo. Passa tudo a correr e a desejar que chegue Dezembro rápido.

Pensei bastante sobre se devia ou não fazer esta publicação e sobre se devia ou não adoptar este sistema para o próximo ano... aqui estou (pelos vistos).

O ano passado fazia análises financeiras em percentagens, este ano passei a "vida" a falar-vos numa meta e em como lá chegar, nunca falei em números concretos, algo que gostava muito de fazer, mas tenho sempre o receio do tipo de comentários que posso receber. Porque é muito fácil dizer-se que recebo bem ou que não tenho grandes encargos, mas na verdade eu recebo os subsídios por duadécimos (totais), o que pode provocar a ideia de um bom ordenado que não corresponde, propriamente, à verdade.

A minha ideia para 2020 é apresentar-vos um total idealizado a poupar anual e todos os meses vos dizer o que poupo em valores reais.

E trago isto em Novembro porquê? (Porque não responder com uma outra pergunta) e porque não começar a fazê-lo já este mês?

Em Novembro poupei 504,84€, onde:
- 324,84€ do ordenado
- 70€ Trabalho extra
- 110€ de part-time (🙏)

Foi o meu melhor mês do ano e até mesmo do meu mapa de poupança até agora (desde Julho de 2017).

Este mês foi tão positivo porque tinha a meta do ano para bater, e quase que me esfolei para chegar ao dia de hoje 😂. Vamos embora, Dezembro espera-nos.

(Nota: Eu vou continuar a usar o termo poupei, porque se não gasto para mim quer dizer poupado. Mesmo que parte seja para investir ou deixar debaixo do colchão (salvo seja).)

Não sei se este tipo de análise contemplará também os meus gastos, mas como se baseiam só em combustível, alimentação, gás, tv e algum lazer pessoal, ainda é assunto que terei de ponderar se pode ou não enriquecer o tema. Mas aí, começa a entrar num descortino total do ordenado, que, como referi acima, me sujeita a várias interpretações, opiniões e/ou julgamentos. Veremos pelo que me decido.

A juntar à poupança acima, e de encontro ao que escrevi aqui, sobre começar a acumular no cartão de refeição todos os meses um "x" valor, comecei este mesmo mês, e o cartão está com 16,60€. Até já estipulei a meta para 2020, e pretendo acumular em cartão 600,00€ até dez/2020.

Black Friday (EU NÃO DISSE?)

Um relógio que a meio do ano estava em 70,00€.


Para quê comprar hoje e ainda ficar obrigada a fazer outra compra? (recebi no email, por isso partilho, não entrei na página).

Na Glamssecret, (na página que vos falei que tinha a maquilhagem que queria comprar para oferta no natal) já estiveram desde à uns dias com os preços de "Black Friday", que não fugiram muito aos descontos já habituais ao longo do ano. Hoje seleccionaram alguns desses artigos e colocaram um pouco mais barato, nada de especial e nada que para mim compense comprar.

Nada de novo...
Não vou entrar em nenhuma página especifica para comparar preços, até porque para mim o melhor exemplo é o relógio. Só campanha, muita gente é enganada e ainda acha que sai a lucrar. Que pena.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Subsidio de alimentação (em Cartão Refeição)

O meu vencimento base (menos os descontos obrigatórios legalmente aplicados + subsidios de direito) é encaminhado para a minha conta pessoal bancária.

O meu subsidio de alimentação é enviado para um cartão multibanco - buffet. É sobre este cartão que vos venho escrever hoje um pouco.

É que até ontem, nunca liguei muito a este dinheiro, entra, é claro nos meus indicadores de ganhos e de gastos, mas nunca lhe atribui grande cuidado, ou melhor, nunca o tentei gerir eficazmente como faço com o dinheiro físico que entra na conta à ordem do banco. É dinheiro na mesma, só ainda não mereceu da minha parte um igual cuidado/gestão.

Os cartões refeição só podem ser usados em instituições que possuam CAE de industria alimentar, como exemplo, restaurantes, hiper e supermercados. Mas nem todos os cartões funcionam de igual modo, o do meu irmão por ex. não funciona na rede de supermercados docemel, o meu sim. O dele não funciona em algums Mc Donalds, o meu dá. O dele dá na rede de combustíveis Galp, o meu não. Então acaba por depender um pouco do tipo de cartão que se tem.

Eu nunca atribui grande cuidado a este dinheiro porquê? Porque não é palpável, e ai está o meu grande erro! até agora. Por não tocar o dinheiro fisicamente, acabo por o negligenciar.
Costumo acompanhar a minha mãe nas compras para a casa, por vezes lá diz "paga com o cartão que eu dou-te parte do dinheiro (porque há artigos que sou eu mesma que pago)". Fico logo feliz é claro, para mim deixa de ser dinheiro perdido e entra dinheiro físico. Outro erro, acha que aquele dinheiro é perdido.
Compro o gás (botija) num supermecado local, logo uso este cartão, menos uma saída física de dinheiro. Mais um erro, usar o cartão sem freio porque é dinheiro que "não doí, afinal tenho de o gastar".

Hello!
O dinheiro no cartão não azeda!
Não perde validade e pode o cartão ser usado até ter o último cêntimo (quer se faça já ou não parte dessa entidade patronal que adoptou este sistema de pagamento).

Não andava por ai a passar o cartão em supermercados só porque sim, mas admito que não controlava a saída deste dinheiro, ora acabo o mês com 30 euros, ou com 0€, mas para mim tanto fazia. Errado.

Ontem lá me propus a começar a olhar para este dinheiro de modo diferente, não o posso acumular para investir em certificados do tesouro, por exemplo, mas posso acumulado para o gastar daqui a 2,3 ou 5 anos se quiser. Volto a reforçar, não azeda.

Este mês ainda vou a tempo de salvar uns euritos, Dezembro será um mês de gastos maiores (mesmo que não se queira, É), então nem equaciono acumular valor, mas para 2020 quero tentar fixar um valor a acumular mensal e ver se consigo cumprir.

O subsidio de alimentação é diário, dias trabalhados são dias pagos, já dá para prever os valores mensais, então consegue-se ter já uma ideia do total que se pode acumular/mês/ano.

Vocês recebem junto com o ordenado ou também separado em vale refeição? Se em vale, como gerem esse valor? 

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Black Friday

Esta semana temos a black friday (29/11). Muitas das empresas aderentes até estendem a oportunidade de desconto a todo o fim de semana.

Mas será mesmo oportunidade para ter grandes e bons descontos?

Para estes dias é importante ter-se nota de alguns aspectos, isto é, se quisermos mesmo usufruir do dia e da possibilidade de poupar algum dinheiro.

1.º Definir os produtos que se pretendem comprar;
2.º Dessa lista, analisar se são coisas que precisam mesmo, MESMO, de ter, ou é capricho? (capricho, não vale a pena o gasto);
3.º Rondar os preços previamente.

Bom, eu tenho 2 interesses:

- O relógio;
- E maquilhagem flormar (na página Glams Secret, já por si só, mais barata que na loja), para oferecer no natal;

A Flormar, é uma marca de maquilhagem profissional, a custos acessíveis e de muito boa qualidade. Eu não compro de outra marca desde que a descobri.

O que é que tenho feito, para saber se na black friday posso avançar com uma compra? 

- O relógio é apenas um interesse, de ver como é que se comportam os preços do dito em "época de saldo". parece-me que vou apanhar um banho gelado 😂, mas já estou à espera.

- Sobre a maquilhagem, já fiz uma pré análise aos produtos que quero e a quanto eles custam. Na sexta vou comparar, caso a página até adira à black friday, porque até pode nem adquirir.

Técnica base para enfrentar este dia, eu conheço-me, e estou proibida, por mim mesma, de entrar em sites de livraria (wook, fnac...) e na parfois online.

Se há algo que queiras (seja para ti, seja para oferta) o truque é ires direitinha ao produto que queres e deixar de olhar para o lado. A desculpa de que está em saldos ou de só "ir ali ver o que há", pode levar-nos a gastar em coisas que nem sequer queríamos/precisamos.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Valor médio mensal (poupança dos portugueses)

Saiu em noticia, em Setembro deste ano, um estudo da Intrum, sobre a poupança media mensal dos portugueses.

Em 2018 o valor médio de poupança era de 80,00€, lembram-se? Estudo, também, da Intrum. Até escrevi sobre isso. Na altura fiquei meio dividida na opinião, primeiro o choque de perceber que esta média era uma miséria, depois conformei-me ao pensar friamente que 80,00€ correspondiam a 10% de um salário de 800,00€ líquidos - muita gente não recebe, sequer, esse valor.

Adiante,

O estudo deste ano demonstra que a média poupada aumentou de 80,00 para 193,00€. Um aumento de 113,00€. Sinceramente? É um estudo, tem de ter bases sólidas de informação e de análise a indicadores e valores reias. Eu própria poupei mais que o ano passado.

193,00€/mês, são mais de 2.000,00€/ano. Muito bom. Longe do óptimo, mas bom.

(o problema das médias, é que são isso mesmo, médias. E uma média faz-se entre valores (uns baixos outros altos), então, muito português está longe de chegar a estes 193,00€/mês).

Eu gosto do meu país. Gosto da sua gente. Espero que os indicadores continuem a indicar melhorias. É bom para todos. 😊

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Podemos ser melhores?

Ontem, 18:20h

Estava na fila de supermercado mini-preço, estava um casal à minha frente nos 40 e poucos anos. Se tanto.

Já tinham terminado de passar os produtos que estavam a comprar e a srª da caixa pediu o cartão mini-preço. Quem é frequente cliente neste supermercado sabe que tendo um cartão de loja muitos produtos (não tantos quanto seria bom) têm desconto automático.

A srª das compras disse que não tinha (deixou com alguém familiar - pela conversa).
Mas prontamente e logo de seguida, questionou "mas dá descontos não dá?"

A srª da caixa, novita ainda, quer em idade quer no posto, virou-se para a colega da outra caixa, "o cartão dá descontos na hora?"

Tudo calado (depois das 18h o mini-preço da minha zona, enche), a olhar para as empregadas e para o casal.

- Sim (respondi eu), o cartão permite descontos imediatos. Passe o meu por favor.

Ficou a olhar para mim. "Posso?"

- Claro que pode. Não perco nada.

Os srs agradeceram, a srª da caixa passou o cartão e disse "não resolveu, e se deu alguma coisa, foram cêntimos"

- Não custa tentar. (disse eu)

Depois de imprimir o talão "aaaah afinal deu." e com o talão virado para o casal disse "tiveram desconto de 7,-- [não decorei os cêntimos]"

O sr. disse-me obrigada 30mil vezes. E a srª sorriu. Saíram do supermercado e foram à vida deles. Eu fui à minha.

Custa sermos melhores um pouquinho a cada dia? Não fiz nada de extraordinário, mas 7 euros, são 7 euros. Se eu não perdia nada ia importar-me porquê? Ia assistir à cena impavidamente, porquê?

As pessoas esquecem-se que não somos individuais, nem andamos aqui para fazer frente a ninguém.

Tenho a certeza que o obrigado do sr.º foi sincero, e que o sorriso da srª queria dizer exactamente a mesma coisa.

Bom fim de semana.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

(ainda sobre o) Salário Mínimo Nacional

Ok, vamos a números!
(SMN= Salário mínimo nacional;)

É noticia com diploma promulgado o valor da retribuição mínima garantida para 2020, no valor de 635,00€. Nunca pensei que fosse tanto (ridículo 35€ de aumento, mas imagine-se, nem eu pensei que seria um aumento tão "grande"). 

Deste diploma retenho a seguinte frase (que se refere, aos aumentos progressivos nos últimos anos):
"que permitiu alcançar uma valorização real próxima dos 14 % do poder de compra dos trabalhadores abrangidos pela RMMG, foi assente no diálogo social tripartido"


Como? Mas quem faz estes estudos de percentagem analisa só o aumento progressivo do SMN ou analisa também os impostos e custos de determinados produtos (essenciais à vida humana) que todos os anos aumentam?

Fico doente com estas coisas.

No site da Pordata (base de dados Portugal contemporâneo), conseguimos fazer uma breve análise à evolução do SMN, então consigo verificar algumas coisas:

  • SMN 2020 = 635,00€
  • Em 2000, à 20 anos, o SMN era de 318,20€, duplicou, 20 anos depois!.
  • Em 2010, à 10 anos, o SMN era de 475,00€, ou seja, não chegou a aumentar em 10 anos metade do valor que tinha. Senão tínhamos de estar nos 475 + 475/2 = 712,5€
  • De 2000 a 2010, tivemos uma evolução de (475-318,20) 156,80€
  • De 2010 a 2020, tivemos uma evolução de (635-475) 160,00€
  • Em 2009, para mim o inicio da nossa última crise financeira (no engodo na crise geral e global), tínhamos um SMN de 450,00€. Atravessamos a crise até 2014, com um aumento de 10€, fixo em 2011 e que vigorou ate 2014.
  • Declarado o fim da crise e com a entrada em 2015 e tudo muito mais feliz, desde então o ordenado MN subiu de 505 para 635€, em 5 anos 130€! Isto depois de uma crise. Se formos ao anos de 2000 a 2010 por exemplo vemos que essa evolução não foi tão significativa em número. Porquê? Os entendidos que fazem os estudos percentuais que respondam (aliás, já há respostas na net, basta pesquisar).
É claro que cada um tem a sua opinião, é claro que o SMN devia até ser superior, é claro que muitos dos patrões até se encostam a este valor e dizem "não posso pagar mais por causa da crise" e legalmente podem fazê-lo, atendendo a que é o mínimo fixado... tudo muito válido, tudo muito correcto (pouco!)

Só espero que as previsões para 2020 não se cumpram, pelo menos na esfera global (porque cá - em portugal - já vimos que mal, mas nos vamos safando). Que não estoure nenhum desagrado, senão estes pouco 635€ vão ser difíceis de suportar para muitas pequenas e médias empresas. 

E as tabelas de IRS para 2020? Estou morta para que saiam!

(Ps. Nota, agora, a titulo pessoal, espero que com estas medidas o meu salário mexa também. Não devia de ser obrigatório?)

Ser mãe.

A minha mãe, foi minha mãe com a minha idade.

Já era mãe antes.

Já não contava comigo. (acidentes de antibióticos). Não lhe vi ensinar nada. Já sabia dar colo. Peito. Papas. E raspanetes.

Já não contava comigo. Mas eu vi. Estou aqui. Ser mãe não é fácil, ser filho também não.

Tenho a idade dela, do primeiro pegar nos braços. Penso! O que seria de mim, hoje, com um bebe no colo (?).

Sou irmã mais velha. (mais um por acidente de antibiótico). É. ela não aprendeu comigo. Nessa altura então já tinha uma habilidade para lidar com crianças que poderia fazer tudo de olhos fechados. Eu sei. Ela também. E todos sabemos.

Sou tia. De 3. E vou ser novamente em breve. Amo como não se consegue explicar.

Ser mãe deve ser maravilhoso, o cheiro do bebe, a empatia entre os pais e o cantinho no meio da cama sempre disponível. E nunca só para um, mas para todos os filhos, ao molho, ao gritos, e à guerra.

Os meus pais tiveram tudo isso.

Chinfrineira logo pela manhã, guerras intermináveis que começavam na rua e só terminavam quando caiamos no sono, exaustos. Sonhos. Conversas sobre o "eu quero", "eu vou ser". Sussurrares de cabeça com cabeça (porque o espaço milimétrico da cama dos pais - ou da mesa de jantar - era ocupado por muitos). Sujos de terra. Pedidos de ajuda e por vezes de socorro. 

Preocupados sempre. Mas deixavam-nos tão à vontade, que a nossa quinta parecia um mundo inteiro por explorar.  

Os meus pais tiveram tudo isso.

Sofreram e criaram. (como podiam e como sabiam). Estamos cá. De saúde e de memórias.

Ser mãe deve ser maravilhoso. Pai também (mas nesse requisito nunca poderei sentir o que sente o homem, o pai). Na mãe posso. Porque a mulher é mãe, não pai, e eu sou mulher.

Sou menina do pai. Mas, ser mãe deve ser maravilhoso.

A minha mãe tinha a minha idade quando me ouviu dentro dela quase que a dizer "eu estou aqui, e também vi para ficar". Fez-me nascer sozinha, pela própria força. Pegou-me, alimentou-me, vestiu-me, educou-me de regra e à vontade. Tinha a minha idade. 

Seria muito bonito concluir e dizer que ia ser mãe com a idade dela, com a minha idade. Não serei, possivelmente nem mãe de casa tão cheia como a dela, de tantos braços e abraços. Mas serei.

Ser mãe deve ser maravilhoso. 💚

Um beijinho a todas as mães. 

O natal é das minhas melhores e piores recordações, era a casa cheia, eram os nossos sonhos, a nossa família, o nosso barulho. Devo estar sentida por isso e daí, acredito que ser mãe, deve ser maravilhoso.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Coisas, 19/nov.

Há dias em que acordo e me apetece escrever sobre tudo.

Há outros em que não me apetece voltar a escrever aqui.

Ando cansada e acho que não tem só haver com o final de ano. Mas também não tem haver com nada especifico. Sou mortal, há dias em que estamos por natureza melhor que outros. Ou mais predispostos, sei lá.

Todos temos os nossos objectivos, vidas e porquês, eu às vezes só me esqueço que somos um todo e não posso tapar buracos e fingir que não existem. Tive aí umas semanas "loucas" depois das férias de verão, tão exigentes que fiquei com a zona do músculo "trapézio" tão, mas tão dorida que eu nem sabia ao certo a localização da dor/incomodo. Ora me parecia torcicolo com uma dor ao fundo da 7ª cervical, ora me parecia a zona muscular do trapézio contraída. O problema é que tinha dores até a dormir (e eu durmo recta, não de lado - o que muitas vezes até pode contrair alguns músculos). Andei sem dormir (em horas) conveniente e com alguma responsabilidade. Tudo isso contribuiu. Eu sei. 

Ontem à noite pus-me a explorar séries, e caí no primeiro episódio de Sherlock iniciada em 2010 e ao que parece ainda com futura programação. As temporadas, até ao momento 4, são de 3 episódios cada com duração entre 80 a 90 minutos. Gostei e senti o meu tempo bem empregue. Não sabia em algumas cenas, se me haveria de rir ou se os devia levar a sério. É uma série inteligente, e gosto disso. Não tem floriados nem romances juvenis pelo meio. Cativa pela forma como as cenas se desenrolam e se interligam umas nas outras.

Os dias nunca são iguais por aqui, hoje está um frio de rachar, céu cinzento claro, chuva a meio tempo que molha mas passa quase despercebida. Tenho frio, fome e sono. O outono é inverno aqui. As ruas já não correm folhas secas, mas sim água. 

Quero ir para casa.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Escada financeira (conhecem?)

Já ouviram falar na escala financeira?
No viver 1 degrau abaixo?

Quando comecei a ouvir falar em "viver 1 degrau abaixo", percebia o conceito, mas não entendia bem a ideia de "1 degrau abaixo" e perguntava "mas 1 degrau é o quê? é quanto?", legitimo, até construir a minha escada em 10 degraus.

Se os gurus das finanças pessoais indicam que pelo menos 10% do que recebemos seja destinado a poupança (para sonhos; reservas de emergência; aplicações; etc.), então é justo pensar que viver 1 degrau abaixo é viver com 90% do recebido.

O que é que eu acho sobre isto?
Viver um degrau abaixo, ou dois pelo menos para mim seria o ideal para qualquer família, porque em 20% poupados, 10% poderiam ficar destinados aos encargos familiares e servir como reserva de emergência e os outros 10% para a realização de sonhos, como viagens e férias por exemplo.

Em famílias onde ambos trabalhem até se podem dividir estes 20% em 10% para cada elemento do casal, ou perante os vencimentos estabelecer-se a proporcionalidade que cada um deve poupar para no fim do mês ter esses 20%, para ser mais justo, isto se um elemento ganhar mais que o outro.

Mas vamos a exemplos:

A Maria tem um ordenado de 850,00 e o Manuel de 700,00 (casados e valores +/- reiais)

1.º Situação,
Cada um poupa 10% do seu ordenado.
A Maria 85€ e o Manuel 70€, total de 155€ por mês.

Então e já vivem 2 degraus abaixo? Não, ainda não vivem 2 degraus abaixo, só viveriam se poupassem 20% do bolo total de ordenados, os 850€+750€, e não os 10% de cada um deles. (É isto da matemática é coisa gira) embora cada um poupe 10% ou dois juntos não poupam 20%.

2.º Situação,
(agora sim) Poupam 20% do bolo total de ordenados (1550€=850+700).
20% do total, 1550€, serão 310€ a poupar.

Se optarem por cada um guardar 10% desses 310€ a poupar, cada um poupa 155€, mas o Manuel sai "prejudicado" porque recebe menos ordenado.

Em proporcionalidade de ordenados, a Maria deve poupar 170€ e o Manuel 140€, perfazendo na mesma os 310€ (20%) a poupar.

A conta é fácil, ela ganha 850€ num total de 1550€ e sabemos que queremos poupar 310€, é só usar a regra de 3simples:
850€ ordenado dela ----- 1550€ ordenado total
x€ poupar dela         ----- 310€ poupar total

((850*310)/1550)=170€

No caso do Manuel é só trocar os 850€ pelos 700€ de ordenado dele, que teremos os 140€.

Mais justo não é?

3.º Situação,
Em famílias em que só haja um ordenado, podem tentar começar por se fixar nos 9 degraus e guardar os 10% ou mesmo 5%. Porque o importante é mesmo criar um habito de guardar x%, nem que no final do ano sirva para pagar o IMI ou a manutenção auto, está ali e é previsto, acabando por não sufocar as famílias quando essas despesas chegam.

Em que degrau estás/ão?

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Fim de década

Estamos a menos de 2 meses de terminar mais uma década. Deixamos a décima para entrar na vigésima. 2020 um número tão, mas tão redondo.

Dei por mim a pensar, "o que fiz eu nos últimos 10 anos?".

É cruel, por vezes, a forma como olhamos para nós mesmos e nos apressamos a criticar. "não fiz nada"; "não tenho nada", "como assim? passaram 10 anos"

Listei:
  • Acabei a minha licenciatura - formação que lutei muito para ter;
  • Iniciei logo no inicio da década a minha vida profissional e estou feliz onde estou;
  • Fui campeã nacional, ibérica em Espanha e mundial na Polónia;
  • ...;
  • Reforcei a minha formação com 2 cursos que encaixam na formação base de licenciada;
  • Vi nascer e morrer família;
  • ...:
  • A forma como decido e encaro as coisas é exactamente a mesma, a mesma da criança de à 15 anos, que queria porque queria ser GNR. Custasse isso o que custasse;
  • Comprei e paguei o meu carro, paguei o último ano de licenciatura e à data não tenho dividas;
  • Sou autónoma, apaixonada e dedicada;
  • Nestes 10 anos deixei de imaginar que seria possível para passar a executar e a ver que era;
Nasci na década de 90, passei um milénio e vou para a 3ª década de passagem em calendário, não acontece tudo de uma vez, mas vai acontecendo.


E tu? O que fizeste na última década?


(para a que está prestes a iniciar? já tenho tantos e tantos sonhos, 
tal e qual como em 2009. 
Que a vida ensine e seja paciente.)

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Em resposta à querida "MARIA ASSALARIADA"

A Maria assalariada, do blog "Diário de uma jovem assalariada", questionou-me qual o meu método de gestão diária do dinheiro, se uso o método dos envelopes (em que se categorizam as despesas por tipo e se atribui um tecto máximo para a despesa), se só uso dinheiro, se pelo contrário só uso multibanco...

Bom, eu neste momento posso dizer que já usei de tudo, mas vou esclarecer o que melhor se adaptou a mim. É claro que não é regra para ninguém, mas a verdade é que se pode mesmo ajudar terceiros, então não custa descrever.

Vou falar apenas do que acho que pode ser uma mais valia para vocês:

Sei os meus gastos obrigatórios: Combustível; Operadora NOS; gás e alimentação.
Então reservava logo o valor deste gastos mal o ordenado entrasse em conta e era valor com o qual deixava logo de contar. 

No entanto, nem todos os meses tinha de comprar gás e nem todos os meses chegava ao tecto no valor destinado à alimentação, então se não gastava esse dinheiro reservado para estas despesas eu encaminhava essas "sobras" à poupança do mês seguinte. Mesmo não gastos não ficava à espera que o gás acabasse por exemplo, não, eu todos os meses contava com estas despesas, se não as houvesse eram poupança.

Vou dar um exemplo prático, para ser mais fácil entender:
Reservo 100€ para combustível todos os meses;
Se ao dia 30 tinha gasto 89€ em combustível, mas eu no inicio do mês tinha reservado 100€ então os 11€ que sobravam eram logo reservados para a poupança do mês seguinte. Reservava porque não é possível transferir só 11€ para a poupança, só valores acima de 50€, então via o que me sobrava, se sobrasse, e juntava à poupança prevista do mês seguinte.

Mas então espera aí, "se tu tens previsto x para a poupança do mês seguinte,e já tinhas esses 11€ de sobra, então poupavas x menos esses 11€?" podem perguntar vocês. NÃO, não, não, não, não eu somava esses 11€, se eu tenho em mente poupar x no mês seguinte, estes 11€ de sobra iam somar, passava a ser x+11€.

Este sistema é parecido com o dos envelopes, em que esses 11€ que sobrassem já transitavam para o mês seguinte na despesa combustível, no entanto eu preferia alocar essas sobras TODAS para a minha poupança, para chegar o mais depressa possível à minha meta.

Funciona muito bem comigo, porque sempre conseguia tirar qualquer coisita e isso ajudou muito no final das contas, alias já vos disse isso mesmo, estas "sobras" evitaram que eu tivesse de fazer poupança mais um mês.

(Estes valores não são levantados, ficam na conta à ordem, apenas os retiro do bolo mensal disponível, ou seja quando recebo o ordenado, este dinheiro já não existe na minha cabeça.)

Uso dinheiro vivo em mão:
Para as contas acima não, uso multibanco, para o resto, saídas, cinema, café 2x/semana depois de almoço, um lanche para casa, etc, eu uso dinheiro físico. "Aí é um risco", sim é, mas eu prefiro que me assaltem e me levem 20€ que me dêem porrada por não ter um chavo ou me arrastarem a uma caixa MB.
Este valor físico nunca é elevado, ajuda-me também a conseguir moeditas de 2€.

Em 3 meses deste último ano levantei 20€ e teve de chegar para estas saídas e cafés, e chegou! Quando não dava para esticar paciência, não saia ou fazia programas grátis. Viver em regra ensinou-me muita coisa felizmente. Fiz apenas 3 meses, podia ter feito mais, mas são experiências e valem sempre a pena.

Eu tenho um problema, e por vezes olho para mim e sei que é mesmo um problema por outras vezes entendo como uma característica das mais benéficas que tenho, eu penso muito no passado da minha família, no tempo dos meus avós e mesmo do inicio de vida dos meus pais, e vejo o quão difícil foi e isso só me estimula ainda mais a deixar de ser parva e de achar que tenho de comprar isto e aquilo e que serei mais feliz por isso. Não é fácil de explicar isto nos dias que se vivem, então prefiro calar. Eu dava tudo para colocar uma mesa farta ao meus avós, mas não me é permitido fazê-lo, então vivo com essa mágoa imensa para o resto da vida, para minimizar não deixo que falte nada em casa.
"Mas ainda à uns dias vieste falar de um relógio de 85€", sim falei e se for preciso falo novamente, no relógio ou numas calças de 100€. Uma coisa não veda a outra. Não sou hipócrita e enquanto sofro pelo que os meus antepassados sofreram vou-me moldando e percebendo onde tem de estar o meu foco e é por isso que o relógio mesmo por 60€ ainda não está no meu pulso, e é por isso também que todas as semanas compro pêssego em latinhas pequenas para a sobremesa do almoço do meu irmão (porque sei que ele adora) e para mim compro maça a 1/3 do valor. Não temos de ser todos iguais e não temos de nos vedar a ter o que gostamos, apenas partilho a regra que me impus e que me ajudou a chegar à minha meta pessoal financeira para 2019.

O que não é obrigatório numa primeira visão:
Telemóvel, IPO, IUC, manutenção automóvel, etc, são gastos que tenho e não são mensais, então vou programando os meus meses conforme estas despesas, o telemóvel anda a ser despesa de 3 em 3 meses, o IPO, IUC, manutenção e seguro auto são despesas anuais, tudo em meses diferentes, então vou controlando a minha poupança assim. Tenho um valor fixo a poupar mensal que aumenta ou diminui conforme estes gastos.

Outros:
- procurei um mecânico (da oficina onde ia) que me faz as manutenções em casa por muito menos dinheiro.
- reajustei o meu seguro auto em Dezembro do ano passado, pago anual e fica mais barato que se pagasse ao semestre ou trimestre.
- a minha veia consumista não desapareceu mas está TÃO mais controlada que me sinto mesmo feliz.
- tenho dentro da carteira (só tenho uma) um papel já meio amassado, gasto e rasurado, com o valor que tinha como meta no topo e quanto me faltava com valores, alguns já riscados e o novo valor em falta na linha de baixo. Isso permitia-me ver, sempre que a abria quanto me faltava e a reflectir se queira gastar numa compra inútil ou não.

Tudo são processos, sinceramente não é fácil, Maria Assalariada, a mim ajudou-me muito ter um x em carteira e tudo o resto em conta à ordem, porque todos os euritos e até cêntimos que iam sobrando eu alocava logo para a poupança. Também me ajudou muito ter na carteira, logo na parte principal onde tinha os cartões multibanco o papelito com a meta bem visível. Tal como procurar descontos no cinema e programas grátis. Tudo o resto se compõem e vai-se entranhando na forma como começamos a viver. 😊

Se eu tenho uma lista de desejos? sim
Se a irei concretizar? ainda não sei bem, até porque alguns desejos se vão transformando.
Mas todos somos assim, eternamente inconformados e com uma capacidade de adaptação e aprendizagem fora do comum, então, pelo menos que saibamos aproveitar isso 

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

(cuidado com os) "Saldos" de Natal

Tenho-me segurado de comprar para mim, muito por conta da meta que tinha para este ano, quem me lê sabe, mas eu tenho os meus gostos, tenho pequenas listas de coisas que gostava de ter, não preciso mas gostava, sou uma comum mortal então acho isso normal.

À 4 meses vi um relógio da one por 70€, eu tinha adquirido naquela loja online outro item e tinha ganho um vale de 10€ a descontar numa compra até 15 de Outubro. Semana a semana ia entrado na página, ia olhando para o relógio e pensando "Fica por 60€". E olhava para ele. E pensava. E voltava no dia seguinte a olhar para ele. E pensava. Até que me cruzei com esta análise, que até partilhei convosco e que dizia "se algo custa $1.000, está a venda por $800 e você compra, na verdade você não economizou os $200. Pelo contrario, você acabou de gastar $800." Fui deixando o tempo passar, em Outubro evitei entrar na página só mesmo para não pensar "tens um vale de 10€ de desconto e vais deixar passar".

A semana passada entrei na página, pessoal já HÁ MUITA GENTE A COMPRAR para o natal, e deparei-me com o custo de 85,00€ no mesmo relógio. É! Em Julho custava 70€ em Novembro custa 85€.


Já se comenta e há nos sites das marcas alusões a possíveis descontos na black friday, já há mesmo lojas físicas com descontos de 10 a 15%, pelo menos por aqui. É impossível acreditar neste mercado. Opa, eu compreendo, são alturas fortes do ano, mas é MENTIRA.

É claro que eu gosto do relógio. É claro que gostava de me o oferecer. É claro que se eu não soubesse que ele entre junho e julho fica mais barato, comparando com outros da marca ia achar mais acessível e quiçá comprar hoje ou amanhã (é claro que, na verdade não 😂porque com a poupança do mês não o posso comprar, estou quase lisa - mas é para perceberem a ideia). É claro que vou estar atenda na black friday e na época de saldos antes e após o natal, só mesmo para ver se este valor mexe e para que valor vai. É claro que ele tem épocas do ano em que fica mais barato, talvez nessa altura volte a falar dele.

Ai povo, tanta vez enganado.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Salário Mínimo Nacional - inicia hoje a negociação

Reúnem hoje intervenientes do nosso governo para os primeiros passos na negociação do aumento salarial mínimo para o próximo ano. 

Hoje é dia 6, o seis tem um circulo o que me remete para círculos viciosos e nada segue adiante, vamos ver... (superstição pessoal)

O que importa saber:

- Em 2016 subimos de 505€ para 530€ >> +25€
- Em 2017 para 557€ >> +27€
- Em 2018 para 580€ >> +23€
- Em 2019 para 600€ >> +20€

- A UGT quer um aumento de 60€ para 2020
- A CGTP pretende 850€ a curto prazo e o Governo 750€ em 2023.

O que vai ser apresentado hoje como patamar para 2020? Não se sabe ainda, mas creio que não fugirá muito ao que temos acompanhado nos últimos anos. Temos tido incrementos na ordem dos vinte e poucos euros nos últimos anos, e com esse valor a baixar. Eu penso que na melhor das hipóteses talvez consigamos ficar com uns 620€ a 630€ para 2020€. 

Não acredito nos 750€ para 2023 e muito menos nos 850€. Nos últimos anos aumentámos 95€ e em 3 anos pretendem aumentar em 250€? Só no nosso país.  

Se merecemos? Isso já é outra questão.

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Calma (dinheiro)

Tenho passado estes dias com alguma tranquilidade (porque já sabia desde o meio de Outubro que com a entrada do ordenado em Novembro a meta era batida), pelo menos tenho tentado não fazer contas e não me projectar demais, a meta do ano está alcançada, do ano e diga-se a primeira  no mundo das finanças pessoais. 

Querem saber quais as ilações que retiro disto tudo?

- Todo o pouco junto faz muito, 
é mesmo, todos os cêntimos, aqueles eurozitos perdidos no final do mês, reencaminhados para o total a transferir do mês seguinte para a poupança fazem a diferença. Desengane-se quem acha que o provérbio "de grão a grão enche a galinha o papo" não é do mais sensato que há, porque é. Faz diferença e só nestes pequenos gestos estão encaixados no total mais de 250,00€. Exacto, juntar mais 5€; 7€; 21€; ou 50 cêntimos, sempre que o mês terminava e lá ficavam esses pequenos trocos na conta ou na carteira, assumi-los como poupança foi o melhor que fiz, mês a mês não faziam grande diferença, mas, agora, no fim evitaram que fosse necessário andar mais um mês a prolongar a chegada à meta.

- Um valor definido é caminho,
e isto faz mesmo muito sentido. Ter uma meta (sonho), um VALOR e um prazo concreto ajuda em muito nas decisões a tomar dai em diante. Quando comecei a querer expandir-me no mundo das finanças pessoais não idealizai de caras este valor final, comecei por querer juntar 1000€(2017) depois 2000€ (2018) e só quando percebi o ano passado que os 2000€ previstos para o ano todo tinham chegado em Junho, 6 meses antes do ano terminar, é que comecei a ponderar este número final. Foi aprendizagem, porque a partir de agora as minhas metas futuras, sejam elas quais forem irão ter fixo um objectivo-sonho/valor/tempo. 

- Ser ousado, dói mas faz evoluir,
sem qualquer dúvida! E acreditem, em muitos dos meus meses pensei que ia dar errado. Passo a explicar, eu muitas das vezes seguia com um número idealizado de poupança para o mês seguinte, o que já implicava que tivesse feito uma pré-analise ao mês e ponderado os gastos que ia ter, mas quando o ordenado caia na conta e ia fazer a transferência do valor a poupar para a poupança, muitas das vezes, esticava-me e punha mais do que o idealizado, só para me obrigar a regrar o mês (ainda mais). Eu assumo os meus gastos pessoais (combustível, vestuário/calçado, interesses, etc) mas também assumo a operadora de tv/net + gás + alguma alimentação, então em alguns destes meses a brincadeira ia correndo mal, porque me tornava um pouco inconsequente na atitude. As contas da casa era logo pagas na mesma semana que a poupança era feita o pior depois era o combustível por exemplo... Mas agora que olho para trás, agradeço por agir daquela forma e me ter testado como testei.

- Ser paciente, ou ter de ser, é uma m*rda,
verdade, custa, custa mesmo definir tudo o que disse dois pontos acima e ter de esperar mês após mês  para ver as coisas a acontecer. Mas metas que envolvam dinheiro vão levar sempre tempo, ele não caí do céu e a menos que se vençam jogos de sorte, custa a atingir valores palpáveis.

- Abdicar de alguns confortos, faz parte,
e também regulariza as horas de sono. É verdade, e por este conforto podem entender tudo o que um comum mortal gosta de se oferecer a si próprio, sejam viagens, actividades, bens pessoais, etc's. E porque regulariza o sono? Porque se não sobra dinheiro não há saídas, actividades extra ou compras físicas e/ou online. Não dá para ter tudo, e não eu não cortei tudo o que gosto de fazer, mas fui fazendo algumas cedências e entendendo isso como normal. Alguém vive inteiramente como quer? ou como gostaria? exacto, ninguém. Eu não sou excepção. Tive de abdicar de algumas coisas e continuarei a fazê-lo quando for preciso.

- O valor importa mais que o trajecto?
Não. Não mesmo. Enquanto as minhas metas possam ser, por exemplo, de 1.000€ as de outras pessoas podem ser de 100€, o essencial é a organização, o foco e a vontade de se ser bem sucedido nesse desejo. Não temos todos o mesmo ordenado, não temos todos os mesmos desejos, não temos todos os mesmo encargos, não temos todos de abdicar de café, e não faltaria gente azeda no mundo se tivéssemos de ser todos iguais. Não somos e não há problema nenhum nisso. Nem de não o ser nem de o assumir. Eu daqui a 5 anos não quero poupar o que poupo agora, porque idealizo a minha família construída!, então é perfeitamente normal que as nossas metas sejam diferentes e os valores conseguidos também o serem. Eu mesmo me projecto para que lá na frente seja diferente para mim também.

É isto, essencialmente.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

✌✌ META ATINGIDA ✌✌


Quatro de Novembro de dois mil e dezanove.

Não vai ser um dia fácil de esquecer.

Esperava este dia sim em Dezembro, no entanto foram tantas as vezes que ao longo do ano me fui debatendo com a possibilidade de falhar, de ponderar que talvez a meta não fosse batida em Dezembro com a virada do ano, mas sim, lá por Fevereiro/Março de 2020, que chegar a 04 de Novembro com a poupança num valor fixo (que tanto ambicionei desde o inicio do ano) é OPTIMISSIMO (mesmo não existindo a palavra).

- Para mim não foi SÓ, bater a meta um mês antes, foi mesmo O bater a meta;
- Passei Agosto sem poupança;
- O meu pior mês de poupança este ano registou uma simples entrada de 79,40€;

O ano não foi uma constante, fui oscilando, fui errando (o que me obrigou a regrar em demasia meses seguintes), fui calculando as hipóteses de "dar" ou "não dar" certo, fiquei desanimada sempre que a conclusão do "estudo daquele dia" me indicava que não ia conseguir. Depois de ter decidido não poupar em Agosto, percebi que os restantes 4 meses iam ficar sobrecarregados, então já contando com os erros até Julho (que ainda foram alguns), ia-me mentalizando que ficaria perto do objectivo mas não o atingiria.

Tal como em 2018, que por pouco não bati a meta.

Em Setembro sentei-me com calma, deixei a agenda de 10x10cm de lado, com registos desde Agosto de 2017 a Julho de 2019, peguei num caderno A5, e fiz um mapa de propriedade:
  • Quanto tinha até aquele dia em poupança;
  • Quanto tinha no mealheiro de 2€
  • Quanto tinha na minha reserva em casa;
  • Quanto tinha guardado do meu part-time n.º 1; o  n.º 2 tinha/teve outro destino.
  • Quanto tinha no mealheiro de lata iniciado em Agosto de 2017 que até já andava meio esquecido (tinha 66,11€);
  • Quanto tinha na RAIZE;
  • Quanto podia eventualmente poupar, mesmo a esticar a corda, nos restantes 4 meses do ano, incluindo Setembro que estava a decorrer.
Pois é:
- juntei tudo e estou aqui.

Meta atingida com sucesso. 29 meses depois de registar a conta poupança (07/2017) atingi a meta definida em Dezembro de 2018, num valor muito desejado. 

Sobre o esforço, a privação, o empenho, as decepções, as criticas... ?
Vale a pena 😉😉

Filhos, pais e padrastos

À uns anos uma amiga teve um trabalho de licenciatura em que deveria descrever uma diferença dos tempos atuais para os mais antigos. Frase s...