No inicio da semana ao fim da tarde com a chegada do namorado a casa, e o nosso tesourinho a fazer a segunda sesta do dia, disse-lhe
"Gostava de ser dona de casa, cuidar de tudo, ter tudo pronto quando chegasses e só cuidar da família"
Ele olhou para mim, abraçou-me (como sempre, para libertarmos um pouco do cansaço do dia) e disse "Por mim pode ser".
E perguntei instantaneamente de seguida: "E as contas?"
- "Terei de trabalhar mais". Respondeu-me instantaneamente de seguida também.
Não que pense afincadamente nisso. Mas sempre gostei de cuidar dos espaços, gosto de limpar, reorganizar, redecorar, mexer as coisas de um lado para o outro, ir até à porta dos cómodos e olhar, como se estivesse a entrar no lugar, e ver se as mudanças que fiz ficaram bonitas. Se fica agradável. Harmonioso.
Com a chegada do nosso bebé tudo ficou mais acelerado e pesado em tarefas. NÃO ME ESTOU A QUEIXAR. O que faço hoje em dia é, ao querer organizar, redecorar, arrumar algo com mais cabeça e mais disponibilidade é fazê-lo ao almoço. Tenho 1h de almoço e estou a 2 min a pé de casa, assim almoço tranquila e lá vou arrumar ou compor algum espaço de modo diferente.
A vida vai mudando e temos de encaixar os nossos gostos assim, como podemos.
Se me via a cuidar da família, do nosso lar e das nossas rotinas? Via sim, e muito bem. Mas tenho um outro lado. O da busca de me estabilizar economicamente.
Depender do namorado, não ver o meu dinheiro crescer, não poder ajudar nos encargos ia consumir-me como nunca.
MAS! Se eu pudesse fazer o que faço profissionalmente, que amo de coração e estudei para tal, só em part time, podem ter a certeza que o faria e seria essa a minha escolha. 4h de trabalho e o resto dedicado aos meus, e a mim, ao nosso lar.
Era tão bom...
Olá,
ResponderEliminarPercebo essa divisão de pensamento. Nós, nos primeiros 2 meses em que retomei o trabalho depois da licença de maternidade optamos por isso mesmo. Pedi demissão e fiquei com a minha Maria Inês em casa e a pensar e executar a paz no lar para uma vida família. Claro que perdemos um apoio financeiro fixo, mas ganhámos noutros aspectos. Não me vejo a depender do meu marido, somos uma equipa e a carteira sempre foi a mesma, estando eu ou não a trabalhar fora.
Beijinho
Sofia
Não é algo que realmente pense fazer, porque na licença de maternidade, nos 5 meses após parto, já estava a sentir falta da minha parte profissional, mas lá está, se fosse part-time sem dúvida que optava por essa via.
EliminarBeijinho
Sim, part-time seria o ideal. Eu tenho a experiência de ter deixado de trabalhar e a minha opinião é que nos primeiros 3 a 5 anos corre bem, depois os miúdos começam a crescer e começamos a sentir falta de tudo o que o trabalhar fora nos proporcionava e nunca nos demos conta; e não estou a falar de dinheiro. E não me alongo mais, muito teria para dizer sobre este assunto!
ResponderEliminarUm beijinho :)
Acredito, senti isso mesmo na licença de maternidade, por isso acredito que com o tempo fosse acontecer.
EliminarMas se fosse part-time,sim, optava
Beijinho
Percebo o que queres e também gostaria de o fazer, mas apenas para mim.
ResponderEliminarMas tinha que trabalhar em part-time, nunca ficar em casa, só a tratar da casa.
Mas Deus me livre depender de alguém. Por isso comecei a investir, porque não quero reformar só aos 70 anos e e... Quero, daqui a uns anos, começar a trabalhar só em part-time e tentar recuperar o tempo que perdi.
Mas com o meu dinheiro sempre, com a minha liberdade.
Beijocas
Exato, por isso pretendo também a tal segurança financeira, e com um filho o pensamento agora já é muito mais virado para o conceito familiar, não falharmos em nada.
EliminarLá que gostava de fazer só part-time? Gostava.
Beijinho Cláudia