quarta-feira, 17 de abril de 2024

Sobre as minhas metas pessoais/financeiras

Estou num ano da minha vida que tudo quanto consigo por de lado ponho. Fim. É só isto mesmo.

O que me faz pensar no tanto que tenho perdido nos últimos anos.
Paciência.

E tenho neste momento três metas ativas: 
  1. ª Aplicar durante um ano inteiro em subscrições de Certificados de Aforro (iniciei em junho/2023) - faltam-me dois meses;
  2. ª Ter nos Certificados no mínimo 5 mil euros - faltam-me 175€ (ou menos vá, se contasse com os juros que já lá tenho);
  3. ª Ter o meu número redondo, os 7 mil euros - faltam-me 1.325€;
Ora que me vejo muito, muito perto de atingir todas estas, 3, metas.

E depois?
Depois o objetivo passa por manter todo o dinheiro que está para trás quieto. Tudo o que tenho em poupanças, certificados de aforro e depósitos quietinho e é como se não existisse.

Ontem li uma frase num vídeo que assisti no youtube sobre finanças pessoais que dizia:

"Não devemos chamar a nossa reserva de -emergência- porque estamos a invocar emergências, vamos chamar-lhe reserva de oportunidade."

Ok. A minha reserva de oportunidade, que são todas estas poupanças, vai ficar quietinha. E olhem na melhor das hipóteses mesmo, mesmo, em Julho já queria ter as metas realizadas, na pior das hipóteses em Setembro.

E o resto do ano?

O resto do ano, e os próximos meses do seguinte, eu vou trabalhar para a minha segurança, vou juntar 6 meses de gastos, que é o mínimo de espaço temporal que os financeiros indicam para a chamada reserva de emergência para ficarmos seguros em situações de desemprego. E este global será para ficar "acessível" para realmente se tornar a minha segurança a necessitar.

Tenho aqui uma dualidade:
-  Sempre disse que depois de atingir a meta dos 12 meses a aplicar nos CA'S e atingidos lá os 5 mil, queria continuar a ir metendo lá subscrições, embora de maior valor e mais esporádico, tipo 3 em 3 meses, de 6 em 6 meses, etc. Mas mesmo com esta nova preocupação, a minha segurança, vou manter o que tenho dito até aqui. Vou é poupar para duas coisas distintas, para CA's ou depósitos a prazo e para a minha segurança (vou mesmo chamar-lhe assim).

E quanto vai ter esta reserva - minha segurança?

3.600,00€, que equivalem a 600€ de gastos por mês em 6 meses.

Na atualidade é o meu valor "alto" de gastos. Se quisesse viver com menos conseguia, pelo menos neste momento da minha vida, não quer dizer que daqui a 6 meses se mantenha.

Gosto de me projetar.

Em Novembro de 2023, eu incentivei-me a mim mesma a chegar aos redondos 7 mil até dezembro de 2024. E não me tenho calado com isso por aqui 😅, eu sei que consigo ser chata, mas vocês ajudam-me muito a ser mais constante.

Se estou neste momento a ver essa luz ao fim de julho, tenho de pegar em mim e me projetar além disso. Se me acomodo vou arranjar desculpas para me desleixar com os números, e não posso.

Não tenho uma meta temporal para os 3600€, pelo menos para já já, esta decisão foi tomada esta manhã enquanto via o meu caderno de gastos deste mês de abril. 

13 comentários:

  1. Invejo essa capacidade e resiliência, quem me dera ser tão controlada como tu. Poupo a mesma quantia todos os anos, desde uns valentes já e procrastino ao dizer-me que conseguir o que consigo é muito bom para o dia-a-dia.

    Bjs

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    1. Olá,
      Dependendo do valor, sim , já pode ser mesmo bom para o dia a dia que corre, mas se se trata do mesmo valor à já muitos anos porque não aumentar um bocadinho? O salário é o mesmo? O nível de vida subiu?
      São questões importantes a ter em conta.

      Porque, se recebe mais, mas os seus encargos também são mais, conseguir o mesmo nível de poupança é bom.
      Se aumentou e a vida mantém, então devia subir um bocadinho o valor a poupar, nem que seja em 25€/mês, por exemplo, só para incentivar a conseguir mais.

      Um beijinho

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  2. Não queres partilhar conosco de onde vem todo esse animo? Eu olho para as minhas contas e saldos e até evito mesmo.

    Força, vais conseguir mais um desafio. Eu vou acompanhando por aqui.

    Beijinhos, tudo de dom
    Ana Rita

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    1. Olá Rita,
      O meu ânimo vem de ver que consigo. Por enquanto, o tempo dirá se conseguirei manter este ritmo muito mais tempo, e se sim, por quanto.

      Tenta começar pelo mais básico, ver os rendimentos que tens e ires descontando os gastos que vais tendo, faz isso um mês para perceber onde gastas o teu dinheiro e depois nos meses seguintes já vais conseguir olhar para as contas diferente, porque há contas que já sabes mesmo que tens de pagar e outras que podes ou não evitar ☺️

      Um beijinho

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  3. Como é que se vive hoje com 600€ em um mês????!

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    1. Olá,
      Não é fácil mas também não é impossível, este valor é a minha parte das contas. De um casal com um filho bebé. Então não vejo assim como "tão pouco".

      Um beijinho

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    2. Consegue-se com muita vontade, muito esforço e abdicação de extras.
      Lucia

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  4. Parabéns! Valores redondos e bem bonitos! :)

    Eu também espero nunca precisar do dinheiro. Principalmente do das poupanças.
    Para mim, é como se não existisse mesmo.

    Três objectivos assim de uma assentada é óptimo. Eu "só tenho" o objectivo de poupar o mesmo que o ano passado e acho que consigo.

    E é como dizes, ver a conta a aumentar, epá não tem como não ficar viciada! :D

    Beijocas

    Cláudia - eutambemtenhoumblog

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    1. É verdade, o ver a conta a aumentar estimula mesmo mesmo a querer manter e ver até onde conseguimos chegar da próxima vez :)

      Beijinho Cláudia :)

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  5. Na minha visão reserva de oportunidade e fundo de emergência têm conceitos diferentes.
    Fundo de emergência é o que o próprio nome indica. Uma almofada financeira que serve para um imprevisto qualquer.
    Reserva de oportunidade é para quem faz investimento de maior risco. Tem um dinheiro num mecanismo de investimento mais conservador, como por exemplo os Certificados de Aforro, e sempre que há uma baixa de mercado ou uma situação em que encontra uma oportunidade, tem dinheiro para fazer esse investimento imperdível.

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    1. Olá Beh,
      Eu não pesquisei financeiramente o que reserva de oportunidade quer dizer, só fiquei com aquela frase na cabeça e a transpus para a minha realidade, faz sentido o que diz, obrigada pela partilha de opinião.

      Um beijinho

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  6. Os meus parabéns: pelo esforço que fazes, por partilhares aqui as tuas contas, pela motivação que passas, pela lutadora que és, etc.
    Gosto muito de te ler, embora comente pouco.
    Fui habituada a poupar desde pequena. Tinha 16 anos quando eu e o meu irmão fizemos a nossa "primeira grande compra" - computador e impressora. Tivemos muito incentivo dos meus pais. Mas muito esforço da parte dos dois, juntávamos moedinha a moedinha, não comprávamos guloseimas, era muito controlo um ao outro... ehehe Já nessa altura anotávamos num caderninho o que cada um poupava. Os meus pais viram o nosso empenho e acabaram por colocar o dinheiro que faltava e foi então que fizeram a compra.
    Tenho 46 anos, o meu irmão 43, e nunca fizemos nenhum empréstimo bancário até aos dias de hoje. E o meu salário pouco acima do salario mínimo.
    O meu primeiro salário foi para abrir uma conta a prazo.
    Só tenho pena de não ser boa a investir. Os meus investimentos sempre foram de valores baixos e de capital garantido, como depósitos a prazo e há bem pouco tempo em títulos de tesouro (7 anos), com muita pena minha. Também tenho um pequeno valor na Raíze, que pretendo em breve tratar-lhe da saúde .... (um dia que esteja disposta a isso)
    Desejo-te tudo de bom, continua a poupar e a partilhar, és uma inspiração para muitas pessoas.
    Lucia

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    1. Olá Lúcia,

      Obrigada eu, por ser quem me lê e quem me acompanha.

      Apesar de não ter muitos comentários, eu vejo os registos de leitura e é por vocês que me mantenho fiel até a mim mesma. Gosto mesmo de mostrar a verdade e o que consigo.

      Que engraçado essa sua história do computador, lá está, termos o mérito nos benefícios faz toda a diferença, ajuda mesmo muito a crescer, em todos os sentidos.

      Beijinho Lúcia

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