quinta-feira, 17 de maio de 2018

Histórias de Vida

Isto hoje vai em jeito de desabafo (...)
 
Ontem ao final de tarde sentei-me num jardim com uma amiga (amiga mesmo, de longa data, das que sabe tudo de nós). Fizemos uma caminhada e parámos um pouco antes de cada uma regressar à sua casa.
 
Falámos sobre n situações, acho sempre que o tempo e as conversas com amigos são terapias. E prezo sempre por manter contacto com aqueles que são verdadeiramente "nossos".
 
Falámos então, de trabalho, de um hobby que eu tenho a nível de desporto, do companheiro dela, do que tencionávamos fazer nas férias, programas de TV, etc., etc., até se falou de vernizes 😛😛, mulherada é assim!

Confessou-me que gostaria de planear a vida a dois com o parceiro, não que não o façam já, mas a fazê-lo por si sós. Ou seja, ele trabalha fora do país. Quando vem, partilham casa de familiares. Não é fácil imaginar a vida assim para um todo o sempre, pensa ela, e eu concordo. Começar uma vida a dois não é fácil, ainda mais nestas circunstâncias-um em cada canto-, mas concordo, e lá está, mais uma vez entra o dinheiro na conversa, que ter algum valor monetário para investir "à cabeça" facilita em muito algumas decisões. Não quero de todo parecer má ou injusta, mas como o nome do meu cantinho indica eu ando na casa dos 20's, mais para o lado dos e tantos que o e poucos, e esta minha amiga é mais velha -em um ano-, nunca trabalhou, também não estudou. E é aqui que me lembro que sempre fui interrogada durante o meu percurso com as típicas frases, - E a faculdade como corre? Quando terminas? - E o namorado? - E o trabalho? - E o namorado? - E o trabalho?, como se tudo se resumisse a uma lista que temos de cumprir conforme a idade que vamos possuindo. Eu optei por desde cedo investir na minha pessoa (não o devemos fazer sempre?), e só depois o resto. Eu olho para a minha amiga, que namora desde os 14 e neste momento não tem mais nada que não isso. Ela própria disse, que a ter dinheiro já teriam conseguido na pior das hipóteses alugar um espaço só deles. Faz-me muita confusão este tipo de situações, e chega mesmo a "doer", não consigo explicar, a saber que não se está bem não se investe para melhorar. Isto custa-me. Ver, saber, acompanhar estas situações. Não gosto de me repetir, já a incentivei a procurar trabalho (na nossa zona até existem espaços ligados à restauração que volta e meia solicitam mão de obra), já a incentivei a viajar com o companheiro e procurar por terras que não as nossas, e o que verifiquei nessa altura foi que deixou de me contactar para sair/passear, e passou a estar mais tempo com pessoas que vivem +/- assim também. Isto custa.
Deixei de tentar ajudar, de tentar aconselhar, do modo que acho que consiga ou que seja o melhor.

Eu não sei o que me espera lá à frente. Mas espero que a lucidez nunca me falte. Primeiro à que plantar a árvore e só depois, muito depois, colher os frutos.

6 comentários:

  1. É complicado!
    Para serem ajudadas, as pessoas têm de querer realmente ser ajudadas!

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    1. É mesmo, mas custa um pouco quando se gosta da pessoa e se sabe que conseguiria mais e melhor.

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  2. Há pessoas que só completamente fundamentalistas e dependentes dos seus companheiros. Não têm objetivo de vida a não ser viver em função do companheiro. MAs isso é possível quando há dinheiro a entrar na casa...

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    1. Sim cada um com o seu prepósito. Nada a opor. Mas neste caso sei que se conseguiria mais e melhor.

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  3. Não és tu que estás a pensar mal, mas ela também não.
    Do género, se fosse comigo, também não dava. Para mim, ter o meu dinheiro e poupá-lo é muito importante.
    Mas depois tens essas realidades.
    Para ela, essa realidade é que é a certa.

    Lá está, para mim não dava, nem viver a ser sustentada, nem viver sem estudar ou trabalhar.
    Mas não somos todos iguais não é?

    Beijocas

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    1. Verdade, verdadinha, não somos mesmo todos iguais :)
      beijinho e boa semana :)

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