Hoje pela manhã pesquisei sobre percentagens de poupança do povo português ao longo dos últimos anos, dando de caras com uma publicação do DN, que apresenta como titulo Jovens sem mesada não aprendem a gerir o dinheiro.
Estes títulos retiram-me alguma paz.
Nunca tive mesada em criança e no inicio da adolescência. E não é por isso que acho que não sei poupar, ou que não tenha aprendido a fazê-lo.
Os meus pais falavam de dinheiro, de contas, e de encargos à nossa frente, sem esconderem a realidade e nós (filhos) crescemos a entender quais as prioridades monetárias.
Acabamos por ser retratos dos nossos, do que vemos acontecer. E quer queiramos ou não, as nossas escolhas iram ao encontro da educação que recebemos.
Sou a favor que aprendem a gerir o seu dinheirinho, mas também sou a favor que entendam que esse "dinheirinho" que recebem, de tios/as, avós/ôs, etc., etc., é fruto do trabalho de alguém. Que um dia será o deles.
Também nunca tive mesada (não havia condições para tal!) e sei o que custa a vida e todos os meses poupo, mas acho importante ter. Não só para haver uma noção do que a vida custa, como se poupa e para aprender a bem geri-lo.
ResponderEliminarJá dei por mim a pensar que se tivesse tido oportunidade de ter mesada, talvez hoje em dia não tivesse tanta dificuldade em gerir o meu dinheiro. Se calhar não haveria diferença... não sei...
Sim, também concordo que a haja, no entanto discordo no que refere que quem não teve não sabe poupar. Não tive e não é por isso que considero que não saiba poupar.
EliminarSe poderia ter sido diferente? poderia, mas a vida segue :)
Também nunca tive mesada, mas como já passei bastante mal, sem emprego e mesmo a viver em casa dos pais, aprendi a poupar até o que não tinha.
ResponderEliminarBeijocas
É uma grande experiencia essa, a de não ter fonte de rendimento e passar por períodos mais complicados. Dá-nos objetivos. Também passei por isso.
EliminarBeijinho
Também nunca tive mesada, mas confesso que no inicio em que comecei a gerir o meu dinheiro me fez falta experiência.
ResponderEliminarbjs, Marta
Acredito. Nem todas as experiências são iguais. O importante é não desistir. :) beijinho
EliminarTambém não tive mesada, e ainda por cima na minha família sempre houve um grande tabu em falar-se em dinheiro, pelo que, quando comecei a trabalhar, sempre tratei o dito como sendo "para gastar". Mesmo quando saí de casa da família (o que já foi há 20 anos... ouch!), sempre consegui gerir a casa e não passar fome, mas muitas vezes "tive" de dependender de cartões de crédito, e cheguei à idade que tenho com dívidas e sem poupanças -- quando devia ser ao contrário. Enfim... não culpo ninguém pelos meus erros, obviamente, mas acho que uma mesada (que me permitisse aprender desde criança conceitos complicadíssimos como "não gastar agora, para daqui a uns meses poder comprar o que realmente quero") e, sobretudo, o falar-se de dinheiros, finanças pessoais, etc. abertamente, teria feito uma enorme diferença, e por isso, se um dia tiver filhos, penso fazer o oposto que a minha família fez.
ResponderEliminarTalvez uma mesada incondicional não seja o ideal; algo mais tipo "ganhar X por dia com o quarto arrumado", ou "ganhar Y em proporção às notas" seja mais apropriado. Afinal, no mundo real ninguém recebe só por existir...
Concordo inteiramente com o último excerto. Ninguém ganha apenas por existir, é preciso compreender que antes do privilégio de ter, à que merece-lo.
EliminarQuando ao não ter sido fácil gerir os primeiros ganhos, talvez o problema esteja mesmo no que referiu, nunca se ter falado abertamente sobre o dinheiro e prioridade financeira.
Pois... são os tais tabus... parece que pensam "quando eu era criança não se falava disto em casa, por isso agora que eu sou adulto também não se fala". E o resultado disto? Todas as gerações têm de "reinventar a roda", sem que nenhuma aprenda com a anterior.
EliminarEnfim. Águas passadas. Entretanto, acho que vou expandir o meu comentário para um post no meu blog. :)