quinta-feira, 5 de junho de 2025

O meu relato de parto

Eu sei, venho 3 anos atrasada praticamente, mas como a Cláudia vai passar por isso daqui a dias, venho escrever a minha parte da história, porque cada uma de nós tem a sua e há coisas que embora sejam uma experiência particular, é importante partilhar.

Do antes:

Não fiz aulas de parto, era e é o primeiro filho e não senti necessidade nenhuma, não me julguem, só me sentia capaz, nem sei bem como, nem porquê. Não vi vídeos de parto. Nem li relatos a respeito.

A única coisa que tive, foi a minha irmã, que tem 3 filhos, uma tarde comigo a fazer respirações, para me ensinar a focar na contagem dos números ao inspirar e ao expirar que a dor ia mais depressa embora (isto é, nas contrações). E repetiu várias vezes "quanto mais tempo aguentares as dores, mais dilatação e mais rápido será o parto", porque se não aguentasse e tomasse logo a epidural com a dilatação baixa a anestesia ia atrasar ainda mais.

Queria um parto normal.

Nunca escrevi nada sobre o plano de parto.... e nem nunca me meteram essa opção.

Não sei descrever, mas por acaso sempre me senti segura das pessoas que me foram acompanhando na maternidade, embora não fizesse ideia de quem seria a equipa médica do dia. Pois nem o dia ao certo sabemos né. A menos que seja provocado/agendado para cesariana.

Talvez a falta de experiência? Não sei, vale que pelo menos correu tudo bem.


Do que tinha em mente:

Eu sabia que ele tinha de nascer, nunca fiz um plano na minha cabeça de que vou assim, vou fazer isto e aquilo, esta roupa, aquele elástico de cabelo, quero que seja de manhã, à tarde, quero a, b ou c. Não, o que eu dizia era, entrou tem de sair. Acho que nisso fui bem prática.


No dia:

6:48, rebentam-me as águas.

Acordei o namorado, chamamos os bombeiros e eu?? Fui para dentro do chuveiro, mas a perda da água era maior que a pressão do chuveiro e desisti 😅, saí e fui cortar as unhas das mãos e limá-las. Vesti-me, a parte de cima nem me lembro o quê já, mas a parte de baixo eram umas calças horrorosas de ginástica, pretas e quentes, meu Deus, nem pensei realmente em ir mais bonita 😂😂, mas estava tão feliz. Com o rebentar das águas tão cedo eu sabia que o meu bebé seria daquele dia, então já o ia conhecer.

Chegamos à maternidade pelas 8h, confirmaram as águas rebentadas (como não, molhada até aos sapatos e tudo à volta) e perguntaram a que horas tinha sido,

6:48 - respondi eu super orgulhosa.

A enfermeira ia de costas, parou, dá a volta ao tronco e olha para mim:

- 6:48??? mas você viu a hora ao minuto? vou por 6:50 ok?

Ri-me, eu estava feliz de verdade. Bom, feita a medição estava com 2 cm de dilatação às 8h.


A primeira contração foi já depois das 9h, e as seguintes, foram de 1h em 1h até começar a reduzir o tempo, já depois das 12h, se por acaso tive contrações lá pelo meio deste hora em hora não dei por elas. A partir das 16h sim... sentiam-se tão bem as contrações, é uma dor que realmente é pouco possível descrever, eu sentia muito muito nas costas, e eu quando elas vinham apetecia-me chorar, mas era de saber que estava acontecer, nem era da dor em si, que acaba por passar em segundos. Já vos disse, eu estava feliz mesmo, mesmo não sabendo nem nunca ter passado por aquilo (acho verdadeiramente que também me valeu isso). Se me perguntassem eu diria que Deus me tinha feito para ser mãe daquela maneira, na espera.

Lá me iam fazendo o "toque" e mediam a dilatação. Almocei, mandaram-me caminhar, e nessa hora o namorado já tinha subido para o pé de mim. Andei no corredor só, com o tamanho da minha barriga elas tinham medo que eu caísse nas escadas.

Havia uma senhora mais velha no quarto do lado, ela gritava muito, e estava ainda nem com 2 dedos de dilatação, mal subiu para o nosso andar já ela gritava e gritava, o namorado ouvia e até chegou a lá ir falar com o homem dela, e perguntou, "mas como é que tu assim não gritas?" e a enfermeira que estava na cama do lado riu-se e respondeu-lhe "há mulheres e mulheres, e é a forma dela se libertar, acredite que na sua está a doer mais". Não sei se estava, mas realmente é algo muito pessoal, para mim era o meu milagre, eu estava a viver tudo o melhor que podia dentro daquilo que eu já saberia que ia acontecer, dor. Não me deu para gritar em momento nenhum. Mas compreendo quem o faça, talvez para libertar aquele momento, cada uma como cada qual.

Andei, andei, e o tempo ia passando. Fizeram-me um toque às 17h, senhores, aí doeu, doeu, doeu, que eu cheguei ao quarto e ainda doía (doeu mais que as contrações), mas eu pensava no que a minha irmã me tinha dito, quanto mais em aguentasse a dor, mais rápido seria o parto. Vieram ao quarto preparar-me o cateter porque eu podia ter de ir "de urgência" para a sala de parto, porque o meu estado estava avançar muito favoravelmente, apesar de eu achar horas a mais 😂😂😂, mas elas lá me diziam, que aquelas horas eram a espera, não eram horas de parto e eu estava a ir muito bem, a essa hora já passava os 7 cm de dilatação.

Quando cheguei ao quarto e depois da enfermeira me ter posto o cateter e ir embora disse ao namorado que me tinha doido mesmo muito (depois disse-me a minha mãe, que nesse toque provavelmente a médica forçou a "abrir mais um bocado", tão bom ser inocente nestas coisas.). Perguntei à enfermeira 

"eu estou aguentar bem as dores das contrações, não quero ir já, mas se decidir ir daqui a uma hora têm de me fazer o toque novamente?"

a resposta foi - sim. Que uma hora depois seria muito tempo e tinham de verificar novamente, que a decisão seria minha, preparada já estava. Não pensei mais nada, disse que queria ir, e fui tomar banho... o último, eu comigo e a água quente nas costas. Não queria mais toque nenhum.

17:30 e estava a entrar no quarto/sala de parto onde conheci o meu filho, para a epidural, fiquei sozinha. Lembro-me da voz na anestesista, que estava a ensinar outra menina

"Vês? olha estas costas, parecem um piano, não têm nada que enganar, é aqui"

Uma passou para a minha frente e disse "aconteça o que acontecer não se mexa, aperte as minhas mãos o tanto que quiser, mas não se mexa" e meteu as mão dela dentro das minhas e disse que seria agora e que ia sentir frio. Não senti dor nenhuma, mas apertei-a, acho que o pensamento estava nisso, ela disse para apertar e eu apertei, mesmo não sentido. E pronto... correu bem. E acho que isso acaba por fazer diferença, eu fui fazendo sempre mesmo tudo, tudo o que me iam mandando fazer. Agradeci-lhe e pedi desculpa do apertão, ela riu-se e disse que já estava.

O namorado subiu para ao pé de mim, mandou mensagem a toda a família, e todos lhe diziam "agora já é rápido", com isto eram umas 18h.

Foram lá e disseram-nos que o parto seriamos nós a fazer, que eles eram a ajuda médica, mas seriamos nós a ensinar o nosso filho a nascer, achei fofo e fez-me ainda mais confiante, para eu fazer força em cada uma das contrações, sem falhar nenhuma, que eles estavam a monitorizar na sala do lado, através de ecrãs e etc, ligados também às minhas máquinas, porque lá está, estavam mais mulheres nas salas de parto do lado e eles iam vendo todas e intervindo na primeira que manifestasse o parto.

Assim fizemos. A dilatação atrasou claro, mas lá íamos seguindo. O namorado olhava o ecrã e sabia quando lá vinha uma contração e dizia, e eu? eu fazia força até o ecrã voltar a estabilizar, comecei a sentir muita dor... não sei que horas eram já, mas deram o reforço da anestesia, e mandaram-me ir deitando de um lado e do outro para "adormecer" de ambos os lados por igual.

O namorado com tanta força e com o passar das horas dizia "põe a mão, ele vai nascer sozinho, vê se não tem a cabeça já aí".

Eu deixei de me sentir completamente, nada da anca para baixo, e comecei a chorar muito, nem sei bem porquê, mas acho que foi o sentir que eu não sentia nada do meu corpo porque dores eu não tinha, não sentia nada de mim nem o bebé, e só dizia "chama alguém" e ele chamou, bem dita a hora e lá está, tudo acontece como tem de acontecer, e talvez tivesse sido o pressentimento de que seria agora:

A enfermeira veio a correr, mediu, já tinha os 10 cm chegou em cima da minha cara com a cabeça dela e com a mão no meu ombro e perguntou

"o que é que você quer do seu parto?"

Achei a pergunta meio parva 😂😂😂 seria aquele o plano de parto?? Eu estava a chorar baba e ranho e ela quase que me bate com a testa dela na minha e ainda me pergunta aquilo ahahaha, respondi,

Que seja breve e breve.

E ela voltou a perguntar "e isso significa o quê?"

Que seja breve de ser para já e breve de ser um parto rápido. 

É PARA JÁ - disse ela.

Saiu do quarto a correr e em menos de 20 segundos tinha mais de 7 pessoas dentro do quarto, uma estagiária tirou logo o telemóvel ao namorado e disse "eu fotografo, fiquem descansados" e encostou-se na parede. Realmente eles sabem os timmings perfeitos, tenho fotografias muito bonitas do parto, mesmo das alturas certas. (ele tinha o telefone na mão porque eu lhe tinha pedido para gravar o 1º choro, porque nem sabíamos que podíamos fotografar)

A médica sentou-se à minha frente, meteram as minhas pernas na posição lateral da cama e disseram, agora só faz força quando a médica mandar, e ela "esta é a minha voz, esta bem?" 

ok...

Uma, duas, e três vezes, ao terceiro puxo o meu filho nasceu, assim que saiu a cabeça vieram-me levantar os ombros e a minha cabeça, vi tudo, todo o resto do corpo a nascer. Era lindo logo ali, limpinho e com uma carinha redondinha, que cabeça perfeita. 

A primeira coisa que dissemos, eu e o pai, ao mesmo tempo foi "é lindo" e foi tão bom terem-me levantado, vimos tudo juntos.

Entre a enfermeira dizer "É PARA JÁ" e o meu filho ter nascido acho que não passaram sequer 5 minutos, foi realmente muito muito rápido.

O enfermeiro, que conhece a nossa zona só dia "que pena, que pena não ter sido gravado" "Era ótimo para as aulas". E eu só pensava "temos pena, ainda bem" 😂😂😂 envergonhada como sou e saber que ia ficar com o meu parto exposto numa escola, Deus me livrasse ainda de mais essa.

Deixaram-nos estar por mais de uma hora ali, na sala de parto, porque se eu fosse para o internamento o namorado tinha de ir embora, ele nasceu às 22:22 e eu só subi já passava das 00:00.

Disseram-nos que nos tínhamos portado muito bem, que não estavam a ir tanto ao pé de nós porque havia uma senhora que parecia que ia parir antes, e afinal foi só às 23:23, ou seja 1h e 1 min depois de mim.

Acho que tudo nos levou a que corresse assim, claro que podia ter corrido mal, mas se o bebé fica sem oxigênio ou assim, eles iam detectar nos ecrãs deles, então foi como tinha de ser. Tão rápido que não faço ideia de como era a cara da médica, vejam bem.

O obstetra que me acompanhou depois e também estava no parto disse "você é para ser mãe de 4! mas em 9 meses não a quero ver cá", eu ri-me. Quando sai da sala de parto já com o meu filho nos braços todos me diziam adeus e: "daqui a dois anos venha buscar a Francisca"... Os dois anos já passaram, e aquela é a melhor recordação que eu tenho, de toda a minha vida, no que a amor, entrega e ajuda diz respeito.

Não se explica.

Faz muita diferença a forma como levamos o nosso espirito e a nossa mente. Eles estão lá para ajudar de facto mas cabe-nos a nós suportar o processo, acho que se formos uns chatos eles ficam chatos também, as energias sentem-se.


Para todas as grávidas que me possam ler, digo:

Vão felizes, pois vão conhecer a vossa melhor versão, vão sentir-se umas fortes como nunca antes e ainda vão conhecer os verdadeiros amores das vossas vidas. Os que curam. Sejam leves, nos vossos pensamentos e no encarar das situações que possam ir surgindo ao longo da espera do vosso momento. Saibam que a dor é inevitável, vão senti-la. 

Tudo o resto é reconstrução, amor e paciência.


O namorado cortou o cordão, cortou o elo físico que me uniu ao meu filho por 39 semanas e 2 dias, que o nutriu e o fez ser o que é hoje. Toda a família estava preocupada porque foram muitas horas sem qualquer noticia...  e nós tão felizes e a passar momentos tão bons e únicos.

O meu irmão, o mais chegado em idade e com quem mais brinquei e fui crescendo de mais perto já estava a dormir, que ia trabalhar bem cedo, às 4h da manhã, e a minha cunhada foi acordá-lo e só lhe disse "já nasceu, e correu tudo bem", ele levantou a cabeça, chorou e voltou a deitar-se.


A vida, com uma família a crescer é o melhor que nos pode acontecer, porque não é só o nosso amor que cresce, é o de todos.


Nunca mais somos as mesmas, mas passamos a ser muito melhores.

💛



P.S. fiz sempre tudo com a melhor das intenções para não prejudicar o meu filho. Na cama do lado, no primeiro internamento antes de ir para a sala de parto, tinha uma mãe com 30 semanas de gravidez, em risco e que tinham mandado beber uma jarra de água até determinada hora, ela enchia o copo e ia despejar no lavatório que existia no canto do quarto. Médicos, enfermeiros e auxiliares, tudo o que indiquem é para nosso bem, e naquele momento o nosso bem tem de ser pensar no bem dos nossos filhos. Ouçam e respeitem quem sabe! Achei aquela mãe uma irresponsável e bem que me irritou.


21 comentários:

  1. Excelente relato, adorei a sua partilha. São horas dolorosas mas é como diz vamos sentir dor sem dúvida nenhuma e mais vale ir já a contar com ela. Eu amei ser mãe, sou mãe de dois meninos e os partos foram bem diferentes um do outro mas os dois muito felizes.

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    1. A minha mãe diz, tenho 5 dedos e também tenho 5 filhos, nenhum é realmente igual :D
      Ainda bem, que mesmo partos diferentes as recordações são felizes.
      Um beijinho para si

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  2. Olá teia, boa tarde
    Sou da área da saúde e nunca aqui escrevi mas hoje não posso deixar passar em branco.
    Não sei se foi propositado mas a certo momento escreveu que "para eu fazer força em cada uma das contrações, sem falhar nenhuma" já quando estariam sozinhos na sala de parto. Não sabe o quanto isso é importante no impulso e no nascimento do bebé, muitas gravidas nesse processo e por nós não estarmos por perto, porque como bem diz no seu texto nós andamos aqui e ali, se deixam estar, não sentem dor, a contração vai e vem e não ligam, não exercem essa força e não impulsionam o parto. Façam, façam mesmo a força, peçam a quem está convosco para vos dizer, porque como a Teia diz, há um ecrã a medir e os vossos companheiros/as conseguem detectar quando é uma contração.
    Muitas mães relatam maus partos por causa disto, relaxam, não sentem dor e deixam-se estar, até chegar a hora de alguém na equipa médica fazer alguma coisa ou o/a bebé se sentir mal e depois claro, há complicações.
    Ajudem-se e ajudem-nos.
    Um abraço Teia, e não se esqueça, faltam mais 3

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    1. A minha irmã também já me tinha chamado muito atenção para isso, no fundo ela já tinha tido 3, e a minha mãe 5 e sempre me descansaram. Não saltei mesmo nenhuma contração e sei que fazia força mesmo porque chegava a ficar com as unhas cravadas do lado de dentro da mão. O que pude fiz, e não me arrependo.

      Obrigada por passar por cá e por comentar.

      AHAHAHAH, não sei, mais 1 quem sabe um dia, mais 3 seria sei lá... um bom sonho no mundo que temos.

      Um beijinho para si

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  3. Que descrição tão bonita, revi-me em muitas das situações. Somos realmente mais fortes do que achamos, é o milagre da vida a acontecer e nós somos as portadoras dessa vida.

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    1. Somos mesmo Marisa, e nunca nos podemos esquecer disso em frente seja a que situação for.
      É um milagre e nós somos a força.

      Um beijinho para si

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  4. No primeiro parto também me disseram para fazer força durante as contrações, apesar de eu não as sentir. Mas não foi um parto fácil, apesar de ter sido o que menos doeu (nem gosto de recordar esse dia).
    Nos partos seguintes, pedi uma dosagem baixa de epidural (mesmo no momento certo) e senti as contrações (doeu qb, mas foi bem melhor). Na transição para a fase expulsiva senti que a dor estava diferente, mais em baixo, acho que se não sentisse, corria o risco de ter a bebé sozinha (o marido tinha ido jantar). E eu na dúvida se deveria chamar alguém, mas lembrei-me do aviso do obstetra (que seria rápido). E foi! Só deu tempo de me levarem para a sala de parto.
    Ah... a miúda nasceu no mesmo dia do meu irmão chato. 😂
    Bjs,
    SM

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    1. A teia dos 20 mais x5 de junho de 2025 às 20:35

      Vinha mesmo com pressa essa princesa, o seu marido conseguiu assistir?
      De todas as experiências que temos pelo menos que sejamos respeitadas e acolhidas, acho o mais importante.
      Mas tenho amigas que falam horrores, uma delas falou tão mal tão mal que um ano depois estava lá a parir outra vez 🤣

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    2. Compreendo a tua amiga, tbm passei por isso mas demorei 3 anos a ganhar coragem para o segundo.
      Bons ou maus partos ficam para sempre.
      Na última consulta, qdo falei com o obstetra sobre este parto até ele percebeu que eu ainda tenho esse assunto mal resolvido. "Só" passaram quase 12 anos desde o primeiro parto. Quando me sugeriu a indução tive tanto medo. Acho que foi por isso que só pedi a epidural qdo não dava MESMO mais, o medo era maior que a dor. Não gritei, mas respirei fundo muitas vezes!
      Mas, o importante, é que tive duas experiências ótimas (mas com dor).
      Sim, o pai chegou mesmo na hora que me estavam a levar para a sala de parto, mas a miúda ficou despida, esqueci-me de separar a roupa.
      E com isto termino o meu testemunho, não vá assustar ainda mais a Cláudia. 😅
      É como tudo na vida, se respeitamos a natureza seremos recompensados. Ah... E não podemos ter medo da dor, faz parte, mas passa.
      Bjs,
      SM

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    3. Que bom, ainda bem que ele chegou a tempo :)
      Sim, acredito que fique mais no pensamento quando é mau que quando é bom, mas ainda bem que pelo menos no 2.º e 3.º a coisa correu melhor.

      Acho que faz também muita diferença ir consciente do momento, vamos sentir dor, isso vamos, não é nenhum conto de fadas.
      Eu ia muito consciente disso, acho que foi isso que me manteve firme até.

      Beijinho SM, e continuação de boa recuperação

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  5. Olá Teia, que bom que correu tudo bem e que foi tão bonito. Eu não tenho grande memória da minha experiência, infelizmente não correu muito bem, houve complicações e sobretudo por causa de uma coisa que se alguém me tivesse dito na altura e fica aqui o aviso para as meninas que sofrem de problemas de tiroide(como eu) seja hiper ou hipo ( eu tenho hipo) Cláudia, espero que estejas a lêr, muito cuidado com anestesias e epidurais. Foi a minha filha a querer nascer e eu a quase passar a bota para o outro lado, tudo porque com os nervos e a ansiedade, os valores da minha tiroide dispararam e reagiu muito mal com a epidural. Falem sempre com quem estiver lá de serviço sobre isso, eu estava descansada porque a minha obstetra sabia da situação e no fim até desculpas me pediu, pois poderia ter acabado muito mal. Beijinhos. A minha bebecas nasceu às 21:59... fui para a maternidade as 8 da manhã!!! Eh Eh. Beijinhos

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    1. Não fazia ideia, mas por acaso a tiroide, seios e o nosso sistema reprodutor estão "ligados em linha", uma coisa influencia a outra. Obrigada pelo alerta, não custa realmente chegar à emergência e alertar logo sobre essas questões, que poderão ser ultrapassadas ou tidas em conta o melhor possível.

      Beijinho

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  6. Bom dia:- O meu desejo para todas as grávidas. Que tenham tanto prazer ao ter o bebé... como tiveram ao fazê-lo.
    ..
    “” Saudações poéticas – Feliz Sexta Feira ““
    .

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  7. Eu também fui preguiçosa, nasci com 41 semanas e 1 dia, se fosse agora nem esperavam tanto e iam induzir antes. Importa é que no fim realmente compensa, é como diz, os meios justificam o fim, ter os nossos filhos bem e connosco.

    Pelo menos foi respeitada e acolhida, faz diferença sim a forma como somos tratadas, é um momento muito delicado para as mães, isso é.

    Beijinho Inês

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  8. Aguentaste até aos 7 cm de dilatação sem tomar nada?!

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    1. Olá :)
      Já passava no toque das 17h, na hora da epidural, já perto das 18h já devia ter adiantado mais um pouco, mas aí nem me mediram graças a Deus.

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  9. Muito lindo e emocionante este relato. Gostei de ler apesar de não ter sido mãe (com muita pena minha). Agora já é tarde mais, (47 anos feitos).
    A todas as mamãs e seus filhotes desejo muitas felicidades.
    Lucia P.

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    1. Olá Lucia,
      Eu tenho casos de infertilidade na família, um deles era a irmã que falo que agora tem 3. Sempre vivi nesta dúvida, " e eu? serei a próxima infértil"?
      Até meter na cabeça, - Pois se não puder ter filhos, adoto! E serão tão meus quanto o que eu quiser. E vivi assim por anos.

      Sou muito a favor da adoção. Tanta oportunidade que podemos gerar.

      No part-time que tenho, tenho lá um menino com 7 anos que é adotado, se não me contassem eu nunca descobria, veio aos 5 anos para a família, trata por pai e mãe e é um amor de miúdo, e até o acho parecido com o pai, veja lá xD
      Acho que para quem pode, é uma excelente opção.

      Beijinho

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  10. Não tens nada de agradecer, ora essa, também aqui fica para minha recordação no futuro, porque certamente algumas memórias se vão apagando.

    Se quiseres chorar, pois chora, o momento é de vocês dois, teu e do teu filho, e se quiseres gritar grita, é um encontro e um dia muito desgastante também, então acho que cada uma se deve permitir viver como quer ou acha melhor.
    A minha ex esteticista diz que espancou o marido ahahaha, que a culpa dela ter aquelas dores era dele. Coitado xD

    Sim, eu tive uma equipa mesmo mesmo do caraças, isso sem dúvida, ainda hoje me dou agradecer, não me conheciam de lado nenhum e foram de uma generosidade sem fim, mas também acho que não fui lá muito chata xD

    Sobre estagiários e estudantes afins, se não gostas nem queres ter por perto fazes bem em deixar isso definido, eu sinceramente não liguei muito a isso, porque são o nosso futuro, eles precisam de aprender e nem estava preocupada com isso. Tenho uma amiga, da mesma idade que eu, sempre fomos muito muito unidas na escola mas depois a vida afastou-nos um pouco, ela engravidou quando eu, e tem a filha dela 6 meses de diferença do meu, e ela é super super acanhada ahaha, às vezes penso como é que ela fez a filha juro xD, e estava com muito preconceito do parto, de ter pessoas a olhar e a mexer e etc, conclusão, ter a intimidade exposta assustava-a muito e ficou tão constrangida que se encolheu toda, o parto foi muito difícil porque ela não pensava na expulsão do bebe e sim no ter ali pessoas. Não se focou no importante, e sofreu bastante. Mas pronto, somos o que somos, e a não queres obrigada não és. Fizeste bem.

    Nós tivemos o parto em 2022, foi ainda pouco tempo após a crise do covid, e a minha irmã já me tinha falado que eles não permitiam e já ter lá o namorado era uma sorte, mas a verdade é que ela mesmo lhe tirou o telefone e fotografou mesmo momentos brutais, o inicio do parto, o fim... obvio que coisas para vermos só os dois né, mas de um impacto brutal. Pede, não te vais arrepender.

    E vai correr bem sim, esse tem de ser o primeiro pensamento.

    Sim, depois das águas rebentarem temos tempo, eu ainda fui ao banho mas a quantidade que estava a perder não valia a pena, eu via mais líquidos que água e desisti xD
    Para mim foi um alivio ter sido assim, porque não havia dúvidas. Agora quando me diziam, está atenta se sai o "tampão", aí páh, sabia lá eu o que era isso, e se eu não desse por ela? xD ahahaha, mas olha, é um dia que vale a pena viver, sempre. Eu adorei :D

    Beijinho Cláudia

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Ponto de situação - Dos meus intestinos

Nada fácil.