sexta-feira, 27 de junho de 2025

Ainda sobre os filhos (esta semana é só disto)

Ontem recebi uma mensagem da educadora do meu filho,

com a proposta de uma ida a uma praia fluvial, e para tal precisam de autocarro e precisavam de saber quem ia ou não ia, para saber a dimensão a alugar e um obrigada no fim. Mais nada.

Perguntei mais detalhes, pois a informação era vaga.

Horário?

Dia?

Praia em questão?

E a segurança a ter no dia, visto o nosso filho, em questão, não saber nadar (informação que até achei relevante dar).

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Gente, a resposta que recebi foi: se não sentia segurança para o deixar na escola, que não era uma atividade obrigatória. E que são crianças, nenhum sabe nadar.

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Mas está tudo bem da cabeça?

Também lhe respondi que se os pais não podem fazer perguntas ou tirar dúvidas para avisarem... obvio que a conversa depois seguiu por chamada e não foi nada bonita.

Viram as perguntas que fiz? Ofendem alguém?

Além de que receber como resposta que são crianças e nenhuma sabe nadar???? há crianças com a idade do meu a saber nadar sim, não é o caso do nosso que ainda não entrou na natação.

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Vi o meu filho cair numa atividade da escola porque o encostaram junto a uma valeta e ainda ralharam com ele ao levantá-lo e fui eu que fui ter com ele para o levar à wc limpar e ver a ferida... sou mãe, fiz perguntas que acho correto darem logo de cabeça na 1.ª mensagem. Pois se aquilo aconteceu à minha frente e dentro da escola, numa praia os cuidados têm de ser maiores ainda. E acho importante esclarecer. Até porque ele me chega constantemente ferido e depois pergunto e ninguém viu, nem ninguém sabe nada, sempre ...

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Aproveitei a chamada e perguntei se por algum motivo tinham deixado de informar os pais sobre doenças/vírus na sala, porque era normal comunicarem e sinalizarem os casos para estarmos atentas aos sintomas e não propagar mais... pois que soube de casos de escarlatina e gripe A "por fora", por mães e pessoas fora da escola até, faz mais de um mês e a escola nada disse... A educadora disse que sim, que informam sempre e porque razão estava a fazer aquela pergunta, ri-me e disse que por nada. Ela percebeu.

Eram 13:50 e estava a receber mensagem sobre uma situação de varicela na sala..... epa desculpem lá.

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Sou eu a errada? digam sinceramente, se acham que sou, porque às vezes como somos as mães, vemos coisas onde não existem.


6 comentários:

  1. Bom dia.
    As escolas estão cada vez mais fechadas em determinados aspectos e gostam pouco de ser questionadas. No início do ano lectivo chateamo-nos porque a professora da minha filha do 1o ano foi colocada na mesma escola mas com outra turma. Isto a nós pais não nos fez sentido nenhum porque é importante para os meninos a continuidade com o mesmo professor. Ainda por cima rendo ficado na mesma escola qual a lógica? Basicamente na reunião de apresentação da nova professora veio não só a directora da escola com a directora do agrupamento quase ameaçar-nos e a dizer que estávamos a perturbar o início do ano lectivo. Para além disso, soubemos depois que andava a acusar a professora do ano anterior de nos incentivar a ter esta atitude (como se fosse preciso) e a ameaça-la com um processo disciplinar. Basicamente calámo-nos para não prejudicar a professora. Agora a direcção do agrupamento anda a ameaçar a directora da escola porque estão a funcionar apenas com 6 funcionárias quando há lugar para 12. Como as queixas da escola não estavam a ser ouvidas, a directora informou a associação de pais e a direcção do agrupamento não gostou. Mas depois lá está, qcontecem acidentes no recreio e nunca ninguém vê nada, ninguém sabe nada.
    E não, não estás errada em questionar, eu morro de medo de locais com água e crianças por perto, ainda por cima tantas como num passeio da escola com idades tão pequenas.
    É ridículo. Na escola da minha filha chegam a mandar rifas para os pais venderem sem sequer informar se são da escola, da associação de pais, qual o objectivo do valor angariado, nada...

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    1. Exatamente, foi logo o meu alerta, se nem dentro da sala que é um espaço aberto vêm e sabem explicar as situações imagino num ambiente aberto e com água. Mas não compreendem nem aceitam, e atenção que a minha primeira mensagem foi a perguntar o obvio que já devia ter sido dito, para onde e quando e em que condições. Mas alguma vez ia dar ordem de o meu filho sair fosse para onde fosse antes de saber pormenores?
      Mas não me fiquei, nem fico. E já pedi reunião com a administração, são situações, muitas não descritas que são tipo escada, umas atrás das outras e estou um pouco farta e cansada. Esta noite nem dormi de tão irritada que a situação me deixou, porque evidentemente depois se levantaram outras questões.

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    2. Algo de estranho se passa nesse agrupamento, Inês. Não é normal.
      A professora do meu filho mais novo ficou colocada apenas para 1 ano e antes do final do ano os pais já andavam a enviar emails (agrupamento e ministério da educação, ou algo do género) a pedir para ela continuar com a turma (tem alunos com necessidade especiais). Não deu em nada porque ela tinha mesmo de ir a concurso. Ficou colocada num agrupamento próximo mas conseguiu mobilidade. Estando no agrupamento continuou com a turma, nem fazia sentido trocar! Este ano foi novamente a concurso e conseguiu ficar.
      E sim, a professora foi-nos sempre pedindo para ajudarmos no que pudéssemos porque ela queria mesmo ficar. Com 40 anos, a morar na cidade, (e com alunos lindos como os dela 😂) quem é que quer começar tudo de novo (era o quarto ano consecutivo a dar 1º ano). É lógico que íamos ajudar para ela ficar, nem precisava dizer. E ainda bem que ela nos foi avisando logo ao longo do ano.
      SM

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  2. O meu filho tem 11 anos e fizemos as mesmas questões quando perguntaram quem ia à praia este ano. Não é por falta de confiança, apenas queremos saber onde vão, com quem, horários, ... essas coisas. A responsável, que ainda estava a confirmar alguns pormenores, respondeu-nos com boa vontade. Agora se me respondesse torto, não ia.
    Nunca tive más experiências nas escolas onde os meus filhos andaram, mas soube recentemente que uma educadora da creche deles foi condenada por maus tratos e os responsáveis encobriram. Sendo uma IPSS deveriam ter demitido quem encobriu.
    Dá que pensar, não? Quem me contou diz que as educadoras dos meus filhotes eram de confiança, mas mesmo assim fiquei com medo.
    SM

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    1. Aí está, respondeu-lhe de bom grado e foi-lhe dando a informação que tinha, a mim respondeu-me aquilo... mas depois por chamada sabia dizer tudo, o sitio, as horas, o dia, e as atividades planeadas...
      Dá, dá mesmo muito que pensar... o meu já me chegou a dizer "a xxxx disse para não contar", quando uma mãe ouve isto pensa o quê?
      Levei 3 anos a encher (que ele já passou por 3 salas) acho que é tempo mais que suficiente para falar com alguém superior. Só tenho medo que o comecem a tratar mal ou diferente, por eu ir pedir satisfações a quem de direito.

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  3. Bom dia Teia.
    Ui, podia escrever aqui uma bíblia sobre as coisas que as escolas propositadamente tentam encobrir. Mas para dar apenas 1 de muitos exemplos: filho alérgico alimentar grave. Em 2024 houve uma distração na cantina e serviram-lhe arroz gratinado, sendo que ele é alérgico ao leite. Conclusão: aperceberam-se e deixaram aquilo andar, a ver no que dava. Não o levaram para a enfermaria para junto da medicação de SOS (para contextualizar, ele faz anafilaxias e pode mesmo ficar em risco de vida se a adrenalina não lhe for administrada rápida e eficazmente), não alertaram a professora, não me ligaram de imediato, não ligaram à saude 24, nada. Deixaram aquilo andar e vigiaram de longe sem criar grande aparato. Só quando o intervalo de almoço chegou ao fim e a professora entra na sala e vê o meu filho, soube o que tinha acontecido e me ligou aflita. Ele tinha olhos com edema, prurido na cara. Pedi para ligarem imediatamente para o 112. Trabalho nem a 10 minutos de distância da escola, não me lembro do trajeto nem do tempo que levei a lá chegar. Não estava para já a fazer anafilaxia mas estava com alguma dificuldade respiratória e tinha aquela erupção dérmica. Mediquei (também tenho sempre comigo SOS). Entretanto chegou a ambulância e os socorristas, foram vistos sinais vitais, saturação de oxigénio. Felizmente estava estável. Mas podia ter acabado numa tragédia.
    No dia seguinte mandei um email azedo, confesso, porque aquilo aconteceu e era evitável (no início do ano alertei por escrito que a forma como ia passar a decorrer o serviço de almoço era sujeito a acontecer o que efetivamente veio a acontecer), e a pedir explicações, o relatório de acidente escolar (enquadra-se), o relatório de não conformidade elaborado pela empresa externa que gere a cantina, etc.
    Agendaram-me reunião e tudo quanto conseguiram fazer foi abafar, fazerem-me sentir culpada por estar a exigir respostas, apenas assumiam que o único erro foi não me ligarem de imediato. A saúde escolar, inclusivamente, soube disto POR MIM e não pela administração da escola, vê lá.
    É grave, muito grave isto. Daí para cá o coordenador e eu não temos lá uma relação muito pacífica, como era de prever não nos admiramos mutuamente. Mas eu calada, não fiquei, nem fico! O meu filho não é o único alérgico na escola, sinceramente não vejo outros pais ''lutarem'' para que sejam implementadas medidas que os protejam.
    Ou seja, ano passado pessoal docente e não docente voltou a ter formação para identificar e acudir anafilaxias, este ano voltou a ter, porque simplesmente não os largo. É a vida do meu filho. Não me interessa que não gostem. Não têm de gostar, têm de cumprir a lei e ponto final.

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Ainda sobre os filhos (esta semana é só disto)

Ontem recebi uma mensagem da educadora do meu filho,