terça-feira, 22 de janeiro de 2019

NUNCA FAÇAM!

Tenho um colega que estuda muito sobre saúde, benefícios de alimentos vários a que todos facilmente temos acesso, a formas de tratar o corpo sem a ajuda de medicina, enfim… um rapaz que gosta de fugir de ter de tomar medicação e prevenir o corpo de males piores fazendo uso do que é por si só saudável.
 
Eu também, SEMPRE, detestei tomar medicação. Esqueçam! É coisa de desde muito pequena. Apesar de ali pelos meus 14 anos querer seguir bioquímica (não se confirmou).
 
Ia sempre aos médicos nas ultimas.
Se me magoava ou cortava não dizia nada e deixava que sarasse sozinho.
 
Certa vez, queimei-me no escape da moto do meu pai, ao sair. Não disse rigorosamente nada. Apesar dos meus 6/7 anos já me vestia sozinha. A minha mãe, um dia mais atrasava, vá de correr para vestir a moça, e ainda parece que ouço o grito dela com os meus dois nomes próprios, sempre que recordo.
 
Numa luta com o meu irmão (sim, nós lutávamos na rua fizesse chuva ou sol. Rebolávamos na relva. Andávamos de bicicleta… enfim! bem mais que o fechar-se em casa com um computador de hoje em dia), fingíamos ser o zorro e pimba, levei com um fio de condução elétrica (é sério moços!!! não tinham mais com que brincar) no braço e lá se foi um bom bocado de carne. Cicatriz até hoje e até ao final dos meus dias.
[pode servir para refletir também sobre os atos dos adultos, os técnicos de EDP tinham andado a reparar um poste de média tensão e deixaram lá fios no chão, o poste era mesmo atras da nossa casa. Miúdos de 6/7 anos sabem lá o que estão a fazer. Não deviam ter deixado aquilo ali.]
Reparei e disse ao meu irmão que não queria brincar mais. Fui para casa e pus um lenço por cima. A minha mãe ainda tentou perceber porque raio andava eu ali com aquilo atado, mas eu dizia que era o zorro, então, TUDO BEM, ao envés de ter o lenço no pescoço tinha-o no braço. Não parece assim tão incoerente. E no banho?? Lá está o berro da minha mãe com os meus dois nomes próprios!!!
 
Se me constipava pedia sempre o chá, nunca medicação.
 
Nunca fui muito de ser doente, também verdade seja dita. Alem das peripécias que ia cometendo e dos golpes que me ia provocando a mim mesma.
 
Mas nós mudamos, as defesas mudam, e de à uns anos para cá as otites têm sido um problema. Em 2017 cheguei a ficar de baixa médica, porque fiquei mesmo sem ouvir, dos dois ouvidos e juro! é a coisa mais difícil de suportar. Não ouvir. Sentir dor. Muita dor. Não desejo a ninguém.
 
Então, hoje em dia, sempre que sinto dor de garganta, tomo logo, logo Maxilase (é anti-inflamatório), não gosto da atitude mas faço-o logo. Só eu sei as dores que provoca a otite em mim. Porque o meu caso é estranho, eu não chego a ficar constipada, nem com febre, nem tosse, nem nada que me possa dar um aviso prévio. Eu posso às 16h sentir uma dorzinha na garganta e as 20h já estou com diagnostico hospitalar de duas otites. Isso! É coisa que acontece de uma hora para a outra. Na ultima consulta de análise ao estado interno dos meus ouvidos, disse ao médico de especialidade, que na segunda (fui lá na quarta) tinha tido dor de garganta e que tinha, imediatamente, tomado maxilase para que não progredisse, ralhou, está claro, não em tom ameaçador ou alto, mas numa de chamada de atenção. Porque estou a introduzir no corpo medicação que ele não pede. Alem de que podia ter esperado pela consulta dele para ele perceber a gravidade da coisa e analisar a possibilidade de operação. Mas alguém pode conhecer a dor do outro? Eu não suporto. Até porque depois levo semanas, sim semanas! a recuperar a audição. Se fosse só num ouvido ainda se vivia, mas nos dois? não e continuo com a minha, maxilase logo! Desde 2017 que não tenho.
Mas estamos em Janeiro, é sempre quando, ou era, as piores me davam. Sim porque no verão também acontecia.
Então tenho andado um pouco mais cautelosa, tento, sempre que saio de um lugar quente, tapar a zona das vias respiratórias, para controlar a entrada de ar gelado e manter os pés quentes (porque são uma das causas).
 
Mas acho que desde que eliminei o leite da minha vida, a saúde melhorou, porque procurei outras alternativas e consumo muito sumo de laranja natural. Muitas vezes misturo óleo de coco (o óleo de coco tem n benefícios para a saúde).
Mais recentemente introduzi a água de alho pela manha em jejum. Deixo o alho esmagado em agua a noite toda e pela manhã, passo no passador e consumo só a água. O alho tem características anti-inflamatórias e por isso mesmo decidi tomá-lo de vez em quando.
 
Na quarta passada disse ao meu colega a meio de um treino que tomava a água de alho, e ele questionou:
- Bebes só a água ou também comes o alho?
O treino decorreu e não falamos mais nisto e não lhe respondi.
 
Hoje!! feita espertalhona, como não tinha deixado água preparada de ontem, mal me levanto vou à cozinha e descasco um dente de alho e toca de mastigar!!!
Opa! NUNCA FAÇAM!!
 
Mal acho que não irá fazer (espero eu), mas é uma sensação de enjoo que nem vos conto. Sinto-me mesmo estranha e em algumas ocasiões acho que vou vomitar… acho que não me atrevo a repetir isto!
E sim… isto tudo para vos dizer que a sensação de comer alho cru é angustiante.

2 comentários:

  1. Bem, eu vou logo para o fim e só digo "és louca" hahah alho cru? Deus me livre.

    Mas essa água sabe bem? Ou bebe-la aos vomitos? =/

    E realmente eras uma traquina, mas valente, em pequenina =)

    Beijocas

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  2. Há um medicamento homeopático, o Oscillococcinum que se vende nas farmácias, que atua como medicamento contra a gripe e constipação e/ou como "vacina" para prevenir. Além de saber bem, desde que o tomo que as constipações não querem nada comigo e não sei se se aplicará também a otites.
    Quanto ao alho cru... Blargh! Gosto de alho na comida, mas cru... Não, obrigada!
    :)

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