segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

É Natal.

23 de Dezembro já se pode dizer que é Natal.

As ruas estão geladas, há últimos planos a serem cumpridos, há um agitar nas ruas de quem, pelo dia de amanhã, quer estar no quentinho e em família. 

A minha melhor recordação de Natal é o cheiro do pinheiro, e o menino Jesus que nos presenteava por termos sido bem comportados. 

O Natal é magia, mesmo que tanta e tanta coisa mude, principalmente a nossa percepção sobre o que são realmente as coisas e as épocas.

Pela minha sobrinha voltei a amar esta época, já fez 7 anos e acredita no Pai Natal. Escreveu a carta comigo, recebeu resposta e espera a noite de amanhã com algum fernezim. Acredita no Pai Natal e no Menino Jesus, são os dois em conjunto que organizam as entregas e decidem o que oferecer às crianças de todo o mundo. Acredita, e no que depender de mim, acreditará até descobrir a farsa e desde então crescer para o mundo e deixar a inocência que tem.

Na festa da escola primária os pais de outras turmas fizeram um teatro, pelo meio disseram que o Pai Natal não existe, que é alguém disfarçado. Fiquei pra morrer quando a minha mãe me contou (ela assistiu à festinha, que se realizou em dia semanal em horário de trabalho). Se os seus filhos não acreditam tudo bem, eu respeito, só não deviam de ir para uma festa de crianças, onde não conhecem todas nem as suas fantasias, matar a ideia que têm sobre um acontecimento. Deu-me uma trabalheira explicar-lhe que o que eles queriam dizer era que "naquele teatro" o Pai Natal não era o verdadeiro, muito menos o menino Jesus, porque eram os pais de outras crianças a fazer de conta. Acho que a voltei a convencer. A miúda não é burra, mas é sonhadora. Não é minha filha, não tenho de ter influencia directa no que acredita ou deixa de acreditar, mas os pais dão-me permissão de tudo o que tenha haver com sonhos esteja entregue e confiado à minha pessoa. 

Hoje dormiu comigo, quando me levantei para trabalhar acordou também, disse que se tinha enganado, não queria roupa no Natal e queria receber jogos, tive de lhe explicar que os presentes já deviam de estar a caminho, que o trenó já devia de ter começado a sua viagem pelo mundo todo e que provavelmente das 20 calças que ela pediu, alguma podia vir a caminho. Desanimou. E chegou mesmo a chorar. Pedi-lhe que escrevesse um recado rápido, num post-it amarelo, para chegar mais rápido (sei lá onde vou buscar estas ideias), um recado ao Pai Natal e ao menino Jesus a dizer que se pudessem trocar a roupa por brinquedos ela agradecia. Que como eu ia trabalhar ainda conseguia passar pelos correios antes de iniciar o meu horário e podia colocar o pedido de urgência dela.

Assim fez.

É Natal. E quem me dera que fosse sempre assim 💚

1 comentário:

  1. Bem, o teu esforço é notório e bonito =)

    Continua, acho que fazes bem. Deixa-os ir sonhando enquanto podem.
    Há tempo para ter desilusões

    Beijocas e um feliz Natal para ti e toda a tua família <3

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