segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

2018 foi duro. E ainda bem que está a terminar (...)

Muitas vezes somos confrontados com decisões que temos de tomar sem sequer termos tido tempo para as considerar. Quantas e quantas vezes a vida vem e muda os planos. Quantas e quantas histórias com tudo planeado e vem a vida e derruba. Quantas e quantas metas por atingir e outras sem nunca se ter tido a oportunidade de lutar por elas.
A vida muda quando acaba.
Muitas vezes a nossa muda porque outra acabou.
 
Vamos ser francos, as lutas de cada um, são isso mesmo, a luta interna, desigual, muitas vezes desonesta de cada um.
Muitas vezes perdemos o chão e levamos anos a encontra-lo outra vez. 2018 foi desgastante para mim. Muitas das vezes de costas voltadas para o mundo, sempre sem criar laços ou histórias por onde quer que os dias me levassem.
O espelho de outros anos. Ou a continuação.
 
Não se aprende de um dia para o outro a viver de um modo que nos foi imposto. Como é que aceitamos perder? O real perder. Porque existem muitos outros, o Sporting se perder no próximo jogo da liga, poderá ganhar o seguinte. Mas existem perderes totais. Em que se perde apenas, e perde-se tudo.
2018 foi duro.
Foi a continuação de anos anteriores.
Não sei se mais se menos, nem sei se isso se quantifica.
 
Somos movidos por conversas de circunstância, é sobre o tempo, as noticias, as filhas das vizinhas, zangas de namoricos, de costas voltadas de prepósito para ver se o sofrimento é sentido no outro, arrufos entre vizinhos, brigas entre pais e filhos. 
E o resto?
Achamos sempre que temos outro dia. E essa é a verdade, nós achamos mesmo que teremos sempre outro dia.
Quando tu pegas um abraço ou uma mão dada pensas se é a ultima vez? ninguém pensa. Nem sei se deveriam pensar, poderemos nós andar aí pela vida todos os dias a achar que aquela é a ultima vez, sem perder o juízo? Talvez não.
Mas o juízo também se pode perder pelo ato contrario. Por nunca se ter pensado.
 
Não há uma idade, não há uma etapa. Nada.
 
Ninguém consegue perceber qual a ideia de ter tido no seu caminho tudo o que viveu.
 
-- Muitas vezes somos confrontados com decisões que temos de tomar sem sequer termos tido tempo para as considerar. Quantas e quantas vezes a vida vem e muda os planos. Quantas e quantas histórias com tudo planeado e vem a vida e derruba. Quantas e quantas metas por atingir e outras sem nunca se ter tido a oportunidade de lutar por elas.
A vida muda quando acaba.
Muitas vezes a nossa muda porque outra acabou. --
 
E isso muda-nos. Por inteiro, e em todas as meias partes que temos. E quando isso acontece, pouco importa o peso que colocamos nos acontecimentos.

1 comentário:

  1. Por um lado é como dizes, se estivéssemos sempre a pensar quando será a última vez, não vives...
    Temos é que dar valor enquanto as pessoas cá estão.
    Mas o dia a dia, o stress, a vida... nem sempre é fácil..

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