Este ano eu fiz diferente... Uma coisa que me custa muito é pedir seja o que for a alguém... Custa-me e isso está ligado a acontecimentos do meu passado, como todos o temos, e cada um o seu.
Mas este ano tentei mudar um pouco isso e fui "pedindo" em resposta ao "que é que tu precisas/queres no natal"?
Há coisas que gosto e vou vendo e escrevendo na minha lista do "um dia", como este ano me prendi mais à poupança houve coisinhas a ficar para trás. Na verdade nada que me seja imprescindível, mas são aqueles mimos que gostamos de ter.
Também faço anos em dezembro, então ao namorado dei logo a ideia de 2 prendas que gostava e ele comprou. Anos e natal.
A mana sabe do escritor que gosto e mandou vir o último livro lançado, para me oferecer.
O cunhado também me deu um livro à minha escolha.
À mãe dei a ideia de uma meias opacas que ela me deu à anos e só se estragaram este ano, eram mesmo boas, se calhar nem vai conseguir comprar igual já.
Ao mano dei a ideia de um creme que esgotou... e ele não conseguiu comprar, mas a ideia estava lá.
Os restantes oferecem o que quiserem...
Assim terei as coisas que gosto e não tenho de esperar por poder comprar.
Confesso que me custa um pouco, pois parece que estou a pedir que gastem comigo 😅 O-D-E-I-O. Mas também tive consciência no que estava a pedir, as coisas mais caras são as do namorado, mas também o mimo bem, então acho que é justo 💙. Aliás, eu estou com uma ideia tão, mas tão fixe para o aniversário dele do próximo ano e tão entusiasmada que não sei como vou esperar 9 meses para ver a reação dele 😂😂, depois em janeiro venho-vos contar a grande ideia, e vou partilhando convosco o avançar desta prenda dele (que terá de ser obtida aos poucos).
Por aí também dão sinais do que vos falta?
Bom dia,
ResponderEliminarSe já sabe que as pessoas efectivamente vão gastar dinheiro a comprar um presente para si, parece-me perfeitamente lógico e justo que escolham algo que precisa em vez de darem coisas aleatórias que na maioria das vezes acabam a um canto, ou, no meu caso, na vinted. Obviamente que faço dinheiro com elas mas nunca o valor real do presente, portanto se sei que alguém me quer dar 20 euros, mais vale eu escolher algo que quero mesmo nesse valor. Já não somos crianças e já não precisamos daquele factor surpresa associado aos presentes. Faço isso com a minha irmã. Compro para ela o que ela precisa e vice-versa. O problema tem sido encontrar coisas que precise/quero. Efectivamente não há nada que eu precise. E mesmo as coisas que quero muito, acabo por ir comprando para mim porque também acho que mereço. Mas a realidade é que quero muito pouco, nesta fase da minha vida. Foi difícil encontrar algo para a minha irmã me oferecer neste natal, por ex. Acabei por comprar umas calças, que precisava, e perguntar se ela queria que fosse a prenda dela de natal para mim. Mas seria algo que eu acabaria por comprar independentemente de ser presente dela ou não. Felizmente ligo pouco a roupa e tenho em demasia, até. Bijuterias e assim não uso, tal como cremes, perfumes, etc. Uma mala por ex, como tenho preguiça de andar sempre a trocar, uso a mesma até estragar. Livros, adoro, mas infelizmente, não pego em nenhum há uns 3 anos, tem sido difícil com trabalho, filhos pequenos, etc, quando os deito às 21 e pouco, caio para o lado eu também e adormeço. Portanto acaba por me ser difícil até dar dicas daquilo que quero porque efectivamente não quero nada! Devo ser um caso muito estranho, eu. Ao marido, ele perguntou o que eu queria, eu respondi: uns auriculares para poder falar enquanto conduzo. Mas aí ele respondeu o que eu lhe digo sempre a ele: isso não é presente, é uma necessidade, dado o nosso trabalho, portanto, não conta como prenda. É o mesmo que dar-me uma panela ou um tacho cá para casa. Isso no nosso critério não devia contar como "prenda" porque no fundo é uma coisa para a casa, e não para uma pessoa. Mas lá está, são critérios...
Olá Inês bom dia,
EliminarQue comentário completo, obrigada.
Toca aqui em assuntos importantes, um deles é o de quando chegamos a certa fase da vida vermos de facto que não precisamos de nada, e outro é a necessidade de ter aquilo mas não ser realmente um presente.
Nisso eu sou igual, uma coisa que não seja mesmo para a pessoa para mim não é presente, ok que todos precisamos de um conjunto de toalhas e lençóis (e atenção que eu recebo e não me importo nada, agradeço e muito) mas isso está na necessidade da casa, não de mim.
Mas depois há o outro lado, o não se precisar de nada, porque chegamos à fase do "se quero" vou comprando conforme possa, ou os gostos até vão mudando e deixamos de ter a necessidade de andar sempre a comprar a e b. Aí as coisas para a casa ou os auriculares de que fala dão jeito e são úteis.
Essa parte do cair para o lado às 21h e pouco entendo e bem Inês :), aqui é igual, mas aproveito 15 minutos ao almoço para ler um bocadinho, não é muito e nem todos os dias, mas é o que vou conseguindo.
Beijinho :)
Bom dia.
EliminarPercebo a praticidade do que descreve, mas para mim, não faz sentido e toda a gente sabe o quanto sou avessa a que me perguntem o que quero, ou pior ainda, que me ofereçam envelope com dinheiro. O ato de oferecer algo a alguém, é para mim porque aquela pessoa é importante, me é querida e quero escolher algo a pensar nessa pessoa. Então gosto sempre de pensar no que oferecer, procurar, olhar para algo e me ocorrer ''Oh, é perfeita para pessoa X''. Quando me dão dinheiro ou me perguntam o que quero, dá-me sempre a ideia de que aquela pessoa não está para ter trabalho /perder tempo à procura de algo para mim (pode nem ser isso mas é a sensação com que fico). Valorizo muito mais um queijo com compota que me possam oferecer, que um envelope com uma nota dentro.
Para mim uma prenda é mais do que o dar algo material. É simbólico e gosto sempre do fator surpresa. Não me lembro de nada sinceramente que tenha ficado a um canto encostado por não gostar, aí está, quem me rodeia conhece-me bem :) E depois há sempre prendas que são úteis: a minha mãe por vezes oferece um pijama quentinho (posso não precisar mas mais um nunca faz mossa, por exemplo). Os cabazes com produtos alimentícios são sempre bem vindos (aí está, não que precise, mas quer dizer, eu alimento-me sempre, não é verdade? E por vezes é a forma de ficar a conhecer algo diferente ou que não consumimos no dia a dia). Ou voucher da esteticista que sabem ser a que vou. Um bilhete para um espetáculo que ando a falar há algum tempo, por exemplo. Pelo menos cá no norte o que não faltam são mercadinhos de natal carregadinhos de produtos regionais/artesanais com coisinhas super úteis: desde produtos de higiene, a mel de produção própria, compotas, frutos secos caramelizados, sal e azeite aromatizado em bonitos frascos e garrafas.... é um sem fim de opções. Já comprei a maioria das minhas prendas e até aqui apenas uma é que veio de grande superfície, o resto foi mesmo para ajudar este pequeno comércio e produtores.
São formas diferentes de encarar a época e o ato de dar/receber prendas. Está tudo certo com qualquer uma das formas, deixei apenas o meu ponto de vista.
Beijinhos,
Isabel
Nesses mercados de natal também acabo sempre por comprar qualquer coisa, sempre com essa ideia também, a de ajudar os mercados locais e a que estas tradições não se vão perdendo, pois gosto muito mesmo de ir e ver e sentir a magia e a entrega de sítios como esses.
EliminarE se receber produtos locais, também agradeço, este ano já recebi dinheiro, e não sei o que lhe fazer sinceramente...
Beijinho Isabel :)
Boa tarde,
EliminarEu não sei se fui mal interpretada, porque eu adoro escolher presentes de Natal ou não e ando desde Janeiro a comprar prendas para toda a gente, lá está, porque encontro algo que é "a cara" daquela pessoa e compro logo. E mesmo que dê o presente que a pessoa precisa, ofereço sempre um miminho surpresa. E se vir, lá está, falei apenas da minha irmã. Ao marido também posso dar algo que ele precise mas acabo por lhe comprar também algo surpresa para juntar. Portanto, no meu caso, o perguntar o que a pessoa quer/precisa não é o não querer ter trabalho a procurar. É por exemplo, o saber que se vou gastar, imaginemos 50 euros na prenda da minha irmã, que sei que até passa mais dificuldades que eu, preferir que esses 50 euros sejam para algo que lhe esteja mesmo a fazer falta e que se calhar ela até anda a adiar comprar, do que dar 50 euros num perfume (mais uma vez, é só um exemplo), que ela até dispensava naquele momento, apesar de saber que ela gosta. É só por aqui e só faço isso mesmo com estas pessoas, e a minha lista de presentes tem mais de 40 pessoas.
Teia (não sei se me posso referir assim a si), é mesmo engraçado, porque realmente é mesmo isso, nesta fase da vida contento-me com pouco e honestamente não preciso de mais nada. E acabo por preferir gastar dinheiro em experiências, férias, e assim do que em coisas. Já lhe falei anteriormente que vou ao concerto dos Coldplay em Londres no próximo ano e aproveitamos e fazemos férias em família a conhecer a cidade. Prefiro se calhar abdicar de outro tipo de coisas ao longo do ano e fazer isto, muita gente achará que é dinheiro mal gasto. Eu acho que serão umas férias que ninguém na família esquecerá, enquanto que se comprar mais umas tralhas cá para casa ou houver mais uns jantares fora ou assim, já ninguém dá muito valor. Mas lá está, são prioridades, que vão mudando ao longo da vida.
Quanto ao ler, o meu problema é que trabalho por conta própria com o marido, a partir de casa, mas... Temos o nosso pequeno de 2 anos a tempo inteiro connosco. Optamos por não pôr na creche. É um desafio enorme conseguir trabalhar e gerir o tempo com ele, mas vamos andando, dia após dia. Portanto, por aqui nem na hora de almoço consigo tirar 15min para ler. Ele está connosco 24/24h e se acordo mais cedo que toda a gente, por exemplo, aproveito para fazer tarefas da casa ou adiantar algum trabalho. É toda uma gestão de tempo diferente do usual, mas foi a nossa escolha, com as suas vantagens e desvantagens, como tudo na vida.
Inês,
EliminarPessoalmente não interpretei mal o que disse, percebi que estava a explanar a forma de lidar com o quesito ''prendas'' no vosso núcleo familiar. E nada contra, ou nada de errado. Deu a sua perspetiva, como de seguida, eu dei a minha. O que importa é que esta época se faça de presenças, mais do que presentes, e como bem diz, eu também sou muito mais de experiências do que de ''coisas'' materiais.
Feliz Natal.
Isabel
Olá Inês, sim pode chamar-me teia, sem problema nenhum :)
EliminarPercebi perfeitamente o que ambas queriam dizer, é o ser-se pratico, e eu este ano optei também por isso, se quero a e b porque não dizer se já sei que vão gastar na mesma comigo né?
Beijinho a ambas :)
Fizeste bem em "pedir". Eu não considero pedir numa de pedinchar. Mas ajudas as pessoas a de facto darem-te algo que precisas a sério.
ResponderEliminarUma prenda pensada tipo, vi e lembrei-me de ti, é sempre interessante, mas mais interessante é não gastar € à toa, dar coisas para encher só porque "é a cara da pessoa".
O meu irmão perguntou-me o que preciso e não levei a mal. Mas também ainda nada lhe disse, pois não preciso de nada, para já, que me lembre :P
O meu marido sabe as prendas praticamente todas dele. Eram coisas que ele precisava e eu sabia e ele foi comigo comprá-las. Eu sinto que lhe fiz poupar dinheiro e comprei a gosto.
Beijocas