sábado, 31 de agosto de 2019

Finalizar #8


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É bom chegar aqui.
Agosto foi mês de uma palavra só, sossego.
Foi tempo de férias e de dores de cabeça nos seus ultimo dias de trabalho, mas e? Não é assim o dia-a-dia? Aceitar o que vem e gerir da melhor forma que podemos e sabemos. Tudo é bagagem, mas também aprendizagem.
Obrigada Agosto. Até 2020.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Daquilo que pouco importa, mas incomoda

Tenho um primo, o A., filho de uma irmã da minha mãe, que se enamorou e casou com uma rapariga, a B., que pouco conhecemos e com quem pouco privámos. Tirando festas como casamento e batizados.

À mais de um ano pediu dinheiro a uma prima nossa, a C. (superior a 400€). Seriam para pagar umas contas super urgentes e que devolveria assim que pudesse, não podia era contar nada sobre este empréstimo ao meu primo.

A C. empresta e fala com a mãe dela, que fala com a minha, que nos conta. Ao fim de contas todos sabíamos menos o meu primo.

A C. esperou e esperou pelo dinheiro, inclusive até hoje.

À uns tempos recebo eu uma mensagem dela, da B., eram 22horas, estava já para descansar. No messenger conseguimos ver quem nos manda mensagens e a parte inicial da conversa, nada de mais "Olá prima precisava que me fizesses um favor" não conseguia ler mais. Pensei, não vou abrir, até à data nunca me tinha falado via internet e o que podia ser àquela hora?

Deixei o telemóvel e tentei ler 2 ou 3 paginas do livro que tinha nas mãos.
Esqueçam… pensei, "mmm, durante a noite vou estar inquieta com isto, o melhor é ver mesmo."

O resto da mensagem pedia para que pagasse uma conta com urgência até ao final daquele dia 23:59h com entidade e referencia num valor de 253,15€. Fiquei atônica. Não respondi, ela estava online e não disse mais nada. Na minha consciência uns minutos mais tarde e ainda meio sem reação fui ver de que entidade se tratava, imaginem que seria de abastecimento de água ou de fornecimento de electricidade, podiam correr o risco de ver o abastecimento cortado? era uma chatice.

Era da MEO.

Pensei, "mmm não ficam sem nada que seja impeditivo à vida" e lembro-me de ter pensado que para a conta ir naquele valor já deviam estar a dever à mais de um mês, pensei eu, claro.
Se na minha casa pago 57€/mês ia pagar uma conta que dá para pagar 4 meses da minha?

Pela manhã falei com as minhas irmãs, também tinham recebido. Uma respondeu e disse que não podia, que pedia desculpa mas que estava no final do mês e que não podia arcar com aquela despesa, não teve mais resposta.

Os meus pais não me pedem dinheiro.
Os meus irmãos não me pedem dinheiro.
A minha mão de amigos/família não me pedem dinheiro.

A B. nunca falou para mim via internet,
Não convida os tios (já só falo em tios - meus pais) para nada.
Não os visita.
Em festas de batizado e casamento, pouco se dirige a mim, para não dizer "nada".

Passam a vida a publicar almoços, jantares e bebida, muita bebida… é por isso que detesto as internetes, pouco há de verdadeiro em muita da felicidade. O que me custa ainda mais no meio disto tudo é o meu primo não saber destes pedidos que envergonham a família. Ela deve gastar o dinheiro para as contas noutro lado qualquer e depois anda a pedir. Trabalham os dois. Ele recebe perto de 2000€. Opa, tenham paciência.

Pede todos os meses a alguém, rouba - sim à casos graves que só soube nas minhas férias de roubo, é palerma da cabeça e a mim só me apetece dar-lhe um par de estalos quando a encontrar. E não, o palerma da cabeça não é indicativo de alguma doença psicológica e/ou física é mesmo de ser palerma de estupida e sabida.

Da próxima que me pedir dinheiro já sei o que responder, vou dizer-lhe que pago sim, mas que terá de ser o meu primo a pedir, só para ver a atitude da chica.

Isto pouco importa neste blog, é assunto que não se deve espalhar, é assunto que muitos dos que vão ler vão pensar "o que interessa isto?", mas a mim ofende-me, entra mais dinheiro na casa dela que na minha enquanto ainda, os meus pais tinham filhos a estudar. Revolta-me esta gente falsa e sem vergonha.

E pronto. É só. (e chega muito bem)

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Debate de Segunda-feira

Não sei se já reparam, e acredito que não, porque estas páginas são mais um caminho e espécie de caderno de notas, meu, que o vosso jornal diário, portanto a probabilidade de prestarem atenção é baixa.
 
Coloquei ali ao lado, na barra lateral direita, um tópico de titulo " Retorno de Instrução ".
 
Isto é o quê?
 
Estudei no ensino superior, com dinheiro saído dos bolsos dos meus pais. Penso agora, em devolver o que investiram em mim. Valor de propinas e de alojamento, pelo menos, e se a vida me permitir farei uma estimativa ao que gastavam na alimentação/mês (não me recordo nada desse valor, mas se questionar a minha mãe, ela recordar-se-á, pelo menos de um valor aproximado). As propinas e o alojamento sei perfeitamente quanto custavam, daí querer reembolsar pelo menos esses custos.
 
Sei que se perderá muito, porque entre sebentas, viagens, etc's, nunca saberei ao certo o que foi gasto…
 
Alguém passou por isto? Por querer pagar aos pais? Não é que me sinta na obrigação, ajudo em tudo o que posso, e sei que já fiz e faço muito, é mesmo para meu descanso pessoal sobre o assunto.
 
Ainda não falei sobre esta minha vontade a ninguém, e provavelmente só o farei aqui no blog, mas a ideia será:
 
1.º -  juntar o valor das propinas do 1º e 2º ano (o 3º ano fui eu que paguei).
2.º -  entregar esse valor e comunicar que pretendo de seguida apresentar o montante do alojamento.
3.º -  começar então a juntar o valor de alojamento do 1º e 2º ano (o 3º ano fui eu que paguei).
4.º -  entregar esse valor e pedir uma estimativa de custos mensais com alimentação e ou transporte.
5.º -  seguir o plano, juntar e pagar
         etc
 
Mas ainda não sei, não sei se farei assim por fases, se juntarei propinas e alojamento e dou tudo junto… ainda tenho de me debruçar sobre a questão.
 
O  que acham sobre este tema? têm opinião?
Devem os filhos faze-lo, devem os pais relembrar esse investimento, devem os filhos retribuir e apresentar essas contas quando financeiramente encontram estabilidade?
 
Agradecia a vossa opinião sobre o assunto ☺, são sempre bem-vindos.
 
P.s. - Já o podia fazer à vista neste exato momento. Mas não vejo a necessidade de o fazer já, já. Posso acabar o ano com a planificação que tinha (de atingir finalmente um valor -que quero muito- em poupança tradicional) e depois avançar com isto.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Estou noutra fase

Acredito que ao longo do ano e mesmo dos anos, vamos mudando, quer por fora quer por dentro, e eu sinto-me a  mudar por dentro. Perceber que tudo é "maior" que eu não me assusta, só me centraliza no poder de "tudo passa", e se tudo passa, o sofrimento e energia que colocamos nas coisas é menor.
 
Sinto que estou noutra fase da vida, há quem diga que lá chega nos 40, eu sinto-me a mudar mesmo antes de chegar aos 30's. Tenho muito para aprender e ainda muito que me adaptar, quer às situações, quer ao meio que me rodeia.
 
Ainda não consegui fazer com que a disposição do "outro" não afete a minha, mas isso tem muito haver com o espaço onde estamos inseridos, com o espaço e com as pessoas. Uma coisa de cada vez.
 
A calma, a paciência e o modo como encaro as coisas neste momento são completamente diferentes daquilo que eram à um ano atrás. E isso é optimo, em todos os aspectos.
 
Mantenho metas e objetivos, sou a mesma pessoa, com a diferença de que estou a deixar de olhar para os outros. E não, não é literalmente. Continuo a viver pelos e com os outros, mas sem me permitir envolver nas brigas que eles carregam.
 
Talvez tivesse que ser. Talvez a idade carregue outras obrigações e/ou responsabilidades. Talvez depois da vida me ter feito crescer tão menina me tenha trazido as rédeas. Talvez, só talvez.
 
Sempre fui muito agitada, na pressa de viver, e na forma de fazer. Lembro-me de à uns anos ter feito consulta com um otorrino privado, não ouvia NADA (otites em ambos os ouvidos), a minha mãe ia comigo (tinha de me ajudar a perceber o que diziam as pessoas), quando fui chamada fez-me sinal e fomos seguindo até à porta do médico. Chegadas fui eu quem bati à porta, fez todo um procedimento (que acredito que não façam nos hospitais públicos, devido à perigosidade) de me desentupir as vias auditivas através de vento injectado pelas vias respiratórias… pois, nem vos conto a DOR… Certo é que, até hoje não voltei a ter problemas de otites. Talvez algum bloquei e mal qualquer coisinha lá estavam as inflamações. Comecei a ouvir logo depois do médico me ter feito esse procedimento, algum desconforto continuou, devido à inflamação, mas já ouvia. O médico no fim disse "És muito agitada", nem sei o que lhe respondi e ele disse que tinha notado só pela forma como tinha batido na porta antes de entrar para a consulta. Que tinha muita energia e tinha de me acalmar. Ainda argumentei, dizendo que bati com força porque eu não ouvia, sabia lá se ele ouvia ou se estava como eu, todo obstruído. Ele contradisse que não foi o som mas a energia. Agora percebo-o.
 
Não posso estar em todo o lado, não tem mal assumir isso. Cada vez sou mais de mim, ainda com culpa, mas hei-de aprender a não a sentir.
 
Vou mudando e vou gostando. ☺

domingo, 18 de agosto de 2019

Voltei.

Ai agosto, agosto 😊
Regressei, as férias terminam hoje. Foram boas, muuuito! Deu tempinho para tudo o que tinha planeado fazer e para o descanso que esperava também ter.
A vida são ciclos, está na hora de começar outro. 😊 Para quem ainda está ou estará de férias, aqui fica o meu desejo de que sejam boas e alegres 😊

Ontem, tal como logo no início das férias houve um jantar de família materna, com uma tia que é, desde à uns anos, uma referência para mim, em praticamente tudo. Não foi sempre assim, como é lógico nem sempre me interessei ou liguei ao que ligo de momento. Mas no agora, ou de à uns anos para cá, respeito-os muito por diversos factores (ao casal de tios - tia materna mais marido). 
São casados à mais de 30 anos. Têm 2 filhas. Viveram no estrangeiro e deixaram para trás a educação das meninas entregues aos avós. Lutaram em terras que não conheciam para construir em Portugal uma casita aos poucos. Chegaram a dormir em cima de mantas colocadas estrategicamente em cima da terra batida, ainda sem acabamentos, porque a casa ia em paredes e telhado só. 
Iam e voltavam, até voltar de vez. 

Chegaram e continuaram a construir-se enquanto casal e enquanto família. Para onde o tio fosse a tia ia, onde ela quisesse ir ele ia também. Sempre assim foi. Era preciso pão, iam os dois. Nem gostavam que fosse de outro modo. Respeito-os e admiro-os por isso. São um casal de muito respeito, e cumplicidade.

Ontem, disse ela, " estamos numa idade que temos de começar a aproveitar a vida, nunca vivemos nada". Isto na sequência de ter dito que iam tirar duas semanas de férias este ano. Fiquei maravilhada. São pessoas de trabalho, trabalho sol a sol, no duro (madeireiros, os dois. Ele corta ela empilha). Sofridos, mas nunca derrotados. Alargaram a casa, ajudaram as filhas, compram a pronto, poupam e são focados na vida deles. Adoro-os por isso, por serem um no outro. Pensam igual e conseguiram um império pelas mãos deles.

Tem 52 anos, a tia. E vai começar a viver de outro modo. Senti-o naquelas palavras. Apluado de pé. Merecem.

Isto para quê? Para reconhecer perante mim própria, que vale a pena, vale mesmo. Quando se rema no mesmo barco, quando se percebe que há tempo, que têm de haver cedências, quando há equilíbrio e paciência.

É domingo, não saio depois das 18h, já almocei. Vou assistir à 7a arte ou pegar num livro aleatoriamente.

Resto de bom fim de semana.😊

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Não me disperso

Estou de férias, estou num mês em que me recuso a poupar, recuso ou "obriguei". Mas não perco o hábito de acompanhar quem já acompanhava até aqui. Vejam,


A Ana tem um canal de minimalismo e liberdade financeira, para quem gosta do tema, acompanhem.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Meta de AGOSTO!

A meta deste mês será:
Não poupar NADA.

Este ano decidi que o período de férias vai ser diferente daquilo que vivi nos últimos 2 anos. Desde 2017 que a minha luta é a poupança. Tudo em prol de alguma estabilidade e liberdade financeira.
Para quem vive privação (sim, que não deixa de o ser), é muito complicado meter na cabeça que não se vai poupar nada no mês! Porque a ideia é deixar entrar o salário no dia 1 de Agosto e gastar simplesmente no que me apetecer ao longo do mês (que mais de metade será de férias). Não é nenhuma fortuna, mas a par do que gasto habitualmente dá para fazer umas férias tranquilíssimas! É chato definir isso em mente.
Mas tem de ser!
Eu sei que por um lado, mereço, conquistei, tenho de me abstrair, tenho de fazer um par de coisas que gosto e implicam gastos (não que me tenha bloqueado de todo, mas há uma escolha mensal no lazer), mas por outro lado tenho a culpa, a não poupança, a falta de responsabilidade. Aí! SOCORRO! 😖😖😖

Mas este Agosto, é-o! Férias, descanso e gasto! Porque sim, eu preciso e eu mereci!


P.S. - Vou de férias!
Vou descansar.
Apanhar sol.
Andar na água.
Visitar Portugal.
Clarear o cabelo e escurecer a pele.
Vou beber água, vinho e o que me apetecer.
Acordar sem pressa.
Andar sem telemóvel.
Parar o blogue. (no critério de poupança)
De vestido e descalça.
Comer salada e laranja. Pipocas e gelado.
Aproveitar o vento (se o houver! - que parece que sim.)
Parar no tempo e acordar bem lá atras, nos meus 5 aninhos, onde tudo era tão mais bonito.


Posso?

Das fragilidades, o que dói

Ontem à noite fiquei por mais de uma hora a brincar com o meu bebé até ele ir dormir. Desarrumamos e arrumamos o quarto todo umas três vezes...