sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Passado, e hoje.

"Fiz anos.
 
Entrei em casa, e porque é inverno e o jantar se serve cedo, questionei "não tenho jantar?".
A mãe estava no sofá, completamente deitada com os pés para o lado da parede e a cabeça para o centro da sala, respondeu "há aí restos."
Não desabei logo ali, fui fazer a rotina que tenho por hábito, quando já havia silêncio, sim chorei.
 
Os meus irmãos por norma festejam o aniversário lá em casa. Há sopa, segundo prato, sobremesa(s) e bolo. Toalha na mesa e o serviço de jantar.
 
___
 
Quando alguém de casa (considero que os meus irmãos que já saíram de casa não pertencentes a este leque) faz anos a meio da semana, e porque não dá para que todos se juntem devido a distâncias geográficas, compro sempre bolo, velas, sobremesa e vinho. O jantar sei que a mãe faz. Mas já me calhou no aniversário dela, desde à 2 anos encomendar o jantar e dizer para ela não cozinhar. Para que o dia seja marcado por algo diferente. Para que se festeje e a data não passe em branco mesmo em período semanal/trabalho.
 
Mas mesmo quando se festeja entre nós (casa) durante a semana, ao fim de semana juntamo-nos todos e há novamente jantar de festejo, juntando os que faltavam. Há sopa, segundo prato, sobremesa(s) e bolo. Toalha na mesa e o serviço de jantar.
 
 ___
 
Eu conheço os gostos de todos. E sempre, sempre marco os aniversários com presentes. Desde roupa, relojoaria, maquilhagem, livros, calçado, eu estou lá, a marcar o dia e a não deixar que passe em vão. A que o mimo conforte para a nova batalha de uma idade recém-chegada.
 
Eu antevejo, programo,  invisto tempo e dinheiro a preparar as coisas, alias a decoração o meter a mesa, o preparar os aperitivos e as sobremesas, o ajudar muitas vezes no preparar das refeições, sou eu que estou. No dos outros. Sou eu que estou. Faço por gosto, não se enganem, faço por gosto, a não o ter estaria quieta e bem quieta. Mas sou incapaz de passar pela vida das pessoas sem as marcar. O dia no aniversário é apenas um dos que gosto de acarinhar.
 
Tenho defeitos. Mas todos temos. E para os defeitos que tenho, contrapeso com um coração que se esbate em tudo e tenta resolver tudo por todos. Sou assim. (tantas vezes me pergunto, se devia)
 
___
 
Este ano já tive 3 pessoas a fazer anos lá em casa:
 
- O meu irmão mais novo, a uma quinta-feira, levei bolo, sobremesa e vinho. Comprei um presente que sei que precisava. Pus a mesa, preparei os aperitivos e festejamos entre nós. Arrumei tudo no fim. Faço isto há mais de 5 anos para ele. No fim de semana seguinte juntou-se toda a família.
 
- O meu irmão mais velho, a um sábado, já pôde ser festejado entre todos. Preparei a mesa, providenciei parte da refeição. Houve sopa, segundo prato, sobremesas -2 feitas por mim-, bolo e lembranças. Passámos o dia todos juntos. E ele já nem vive lá em casa.
 
- A minha mãe, a uma terça-feira. Disse-lhe antes de sair para não fazer jantar que eu trazia. Fui em parte da minha hora de almoço encomendá-lo. Comprei bolo, sobremesa e vinho. Uma lembrança (vestuário, porque ela gosta de receber sempre algo para ela). Festejámos entre nós. A parte de comprar, inclusive o jantar, faço-o à 2 anos. No fim de semana seguinte, repetimos os festejos já com todos à mesa.
 
mais virão.
 
___
 
A vida não é um mar de rosas, e é libertador escrever em anonimato. Para a plateia do dia-a-dia eu não falo, não exteriorizo, porque para mim está sempre tudo bem. Eu estou lá para eles e vou continuar a estar. Como sempre e do mesmo jeito, passe o tempo que passar. Há alturas em que me sinto mais frágil com tudo isto, e com tudo o resto, mas sigo. Porquê isto hoje? Não sei, dei por mim a pensar no dia da mulher deste ano, em que a minha mãe me disse que tinha tido a mesa mais bonita de que tinha memória (escrevi isso por aqui), e pensei que nunca me fizeram igual. Que olhando ao que sou, merecia um bocadinho. Revi na minha cabeça o meu último aniversário. Revi os aniversário de todos lá de casa e perguntei-me onde fui diferente? Onde possa ter merecido.

"



Este texto é de 2019 referente ao meu aniversário de 2018. Nunca saiu aqui.
Tinha-o em rascunho e só na semana passada, dia 6, ao ir ver os rascunho o encontrei, logo agora, logo tão perto da data novamente.

Às vezes penso que tenho mesmo de fugir de pensamentos difíceis
 e de coisas que me magoaram muito no passado para conseguir seguir.
Às vezes consigo, outras vezes choro.




Faço anos hoje, 
6 anos depois deste dia que descrevi, tenho a minha casa, e hoje vou festejar na festa da escola do meu bebé, com ele e com o namorado, na festinha de Natal. O meu filho tem curado muitas coisas em mim e jamais me vou permitir fingir que dias que gosto possam passar em claro. Nunca mais!
A minha mãe foi uma boa mãe atenção, ainda é, gosto muito dela, e sigo em frente (sempre). Mas às vezes consigo entender-me a mim própria do porquê de me interpretar como uma pessoa mais triste, por diferenças, tantas, que vivi.


É UM DIA MAIS FELIZ HOJE

DE MANHÃ JA ME AUTO-CANTEI OS PARABÉNS PARA O BEBÉ, 
para ele perceber que faço anos 💙
Disse-lhe 30 vezes (ou mais hahahaha)

E recebi muitos miminhos dele

O amor 💫
  

22 comentários:

  1. Os nossos filhos são arrebatadores no que a isso diz respeito, fazem-nos viver tudo outra vez de forma tão intensa quanto quando éramos crianças.
    Lamento essas memórias, e desejo que na sua nova família haja sempre essa vontade bonita de comemorar, a vida é uma dávida.
    Bjs e muitos parabéns!

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    1. É verdade, são um colo diferente. Amo o meu menino como nunca tinha amado ninguém.

      Muito obrigada pela parabenização :)
      Um bom fim de semana

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  2. Bem, para início de comentário, Parabéns! Que seja um dia e um ano muito feliz.
    Sabe, não a conheço, mas revejo-me em muito do que diz. Mas ainda hoje e no geral. Faço terapia há alguns anos e pus o meu psicólogo a rir porque descrevi, a dada altura, o meu sentimento como uma "desilusão generalizada" com as pessoas que me rodeiam, desde as mais próximas, às menos próximas. Mas depois analisei essa questão a fundo e percebi que tem muito a ver com a minha personalidade, cuidadora, segundo o meu psicólogo. Tendo a assumir a responsabilidade de fazer tudo pelos outros, de tentar sempre fazer as pessoas felizes, seja nos aniversários, natais, no dia a dia, com pequenos mimos, e sinto que nem sempre sou: 1- valorizada por isso; 2-tratada da mesma forma. E isso pode tornar-se frustrante. Mas entender que faz parte de mim e da minha personalidade, e que pode não fazer parte da personalidade dos outros, ajudou-me a não me sentir tão mal com as discrepâncias. Senti durante toda a minha vida diferenças de tratamento entre mim e a minha irmã, casei com alguém que é tratado de forma super diferente do irmão e tudo isto deixa inevitavelmente marcas em nós. Hoje em dia é mesmo assim, se não me valorizam, valorizo-me eu e é só disso que eu preciso. Por isso vou de férias e vou aos Coldplay no próximo ano, tal como fui em 2023 em Coimbra, e irei as vezes que me apetecer e puder, obviamente. E ninguém tem nada a ver com isso. Só há uma ressalva aqui, que sinto que tenho de fazer, por vezes, por termos esta personalidade assim, as pessoas dão isso como adquirido, e ficam a contar com as coisas, e se por algum motivo não as têm, ficam chateadas. Foi outra coisa que aprendi na terapia. Que posso dar e dar e dar, mas nunca deixar que isso me prejudique a mim. Às vezes é importantíssimo dizer não.
    E termino novamente a desejar um dia muito, muito feliz!

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    1. Muito obrigada pela parabenização Inês, será certamente um dia feliz sim :)

      Eu nunca fiz terapia, mas quem sabe um dia me arrisque, uma das coisas que realmente mudei é o verbalizar, esta publicação estava aqui, escondida há 5 anos, escrevi provavelmente num dia em que me sentia mais triste, porque na semana passada quando encontrei este texto consegui sentir o peso dele, porque claro, me lembro perfeitamente de viver isto.

      Sim, também sou assim, gosto muito de fazer quem me rodeia sentir-se bem, feliz e confortável e nem sempre recebo de volta, aprendi a viver com isso e a desligar-me um bocadinho e a olhar mais para mim, mas só mais nos últimos anos (como a Inês diz) e sim, os outros notam.... mas quero lá saber, ninguém quis saber quando era eu a ser esquecida. Atenção, que não faço de propósito para me esquecer das pessoas, não é isso, mas deixei de fazer tanto ato de afeto, porque para receber está sempre toda agente pronta. Acho que a entrada nos 30 me ajudaram muito mesmo.

      Hoje não deixo nada, nada do que gosto de viver de lado, ontem estava tão feliz por fazer anos hoje que atazanei a paciência do namorado ahaha, que a meio da noite despertamos e me deu logo os parabéns, sem ainda estarmos sequer bem acordados, ou começar o dia.

      Não guardo rancor de ninguém, mas exatamente como sempre fiz, não há ninguém de casa que faça anos e não tenha um dia exatamente como merece, seja semana ou fim de semana. Muito menos um filho meu!

      Beijinho Inês

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    2. Eu senti necessidade de fazer terapia, a terapia que devia ter feito provavelmente quando fiquei sem mãe aos 8 anos, aos 9 fui viver com uma mulher que odeio, aos 12 o meu pai me despachou para os meus avós para não ter problemas com a mulher que escolheu para ele, aos 15 fui viver sozinha (sustentada financeiramente pelo meu pai), para não dar trabalho aos meus avós. Depois passei a vida a ser infernizada pela mulher que o meu pai escolheu, mesmo já não vivendo com ela, principalmente desde 2018, quando o meu pai adoeceu com cancro pela primeira vez, e ela achou que nós filhas não nos deveríamos envolver. Apesar de todo o abandono e negligência que sinto que fui alvo por parte do meu pai, nunca mas nunca deixaria de o acompanhar no que ele precisasse. E ela a armar confusão em hospitais, em frente a médicos, a quem calhasse. Enfim. E uma pessoa a lidar com isto sem nunca descer de nível, digamos assim. Estava lá pelo meu pai, não por ela. Finalmente ele ganhou força para se separar dela e segundo ele, saiu do inferno. Mas com isto foram mais de 25 anos de convívio com ela. Infelizmente ele nem 6 meses de liberdade desfrutou, mas enfim. Foi uma escolha dele.
      Desculpe o desabafo no seu dia de anos. Isto para dizer que só mesmo com terapia consegui ainda não enlouquecer com tudo isto. Mas sabe o que é engraçado? Sabe quando fui pela primeira vez a uma psicóloga? Quando engravidei da minha primeira filha, e tudo isto, porque sabia que tinha muita bagagem por resolver e não queria de forma nenhuma que isso a influenciasse a ela de modo negativa. Queria estar no meu melhor para ela.
      Mas obviamente tudo isto tem imensas consequências, ainda nos dias de hoje e mesmo com muita terapia. Muita ansiedade, síndrome do pensamento acelerado, não saber o que é dormir uma noite sem pesadelos. Enfim. Mas pelo menos já durmo, há que ver as coisas pelo lado positivo.
      Este ano não comemorei o meu aniversário, o meu pai tinha falecido 1 mês antes e uns dias antes do meu aniversário foi o aniversário da minha filha e aí sim, fiz uma festa enorme para ela, como ela merece. Mas para mim, não houve disposição. No próximo ano será certamente diferente e mais feliz!

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    3. Obrigada Inês, é com a troca de palavras que conseguimos ver que não somos sozinhos no que passamos, não que seja muito bom todos sofrermos horrores, mas entender que, a vida é desafiadora e ver o exemplo dos outros também nos ajuda mesmo muito a nós.
      Lamento tudo isso, não me esqueci da sua história, já tinha falado dela aqui, e fiquei tristíssima quando li, porque não sabemos o dia de amanhã, e vá que me separe, Deus me livre do namorado encontrar alguém que maltrate o nosso filho, ou eu. CREDO.
      Depois de tudo isso e aos 15 anos a viver simplesmente sozinha deve ter sido aterrador... Pelo que percebo deve ser mais ou menos da minha idade... e não me imagino a passar por isso. Eu lembro-me por ex de chorar a comer na casa que tinha na universidade porque estava lá sozinha, e sentia saudades do barulho de casa...
      Tive coisas más e trato diferente em muita coisa sim, mas assim tipo "abandonada" não me posso queixar. Lamento a morte da sua mãe tão novinha, certamente teria sido tudo tão diferente.

      Ainda bem que procurou ajuda, é fundamental, também não quero passar para o meu bebé trauma nenhum que tenho e quando me apetece gritar com ele, engulo, baixo-me e explico com palavras calmas, ele entende bem (por enquanto).

      Que deixemos o pesado no passado e saibamos ser felizes com os nosso bebés :)
      beijinho e abraço Inês :)

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    4. Consigo compreender perfeitamente essa parte Inês, de o olhar para a sua menina e ver o quanto precisa de si... e quanto você precisava da sua mãe. E lamento por isso.

      Sobre o seu pai e a forma como o zelou mesmo depois do que viveu só mostra o coração bonito que tem, e a sua consciência sobre o seu passado ficará sempre limpa é disso que se deve orgulhar :)
      Um beijinho para si

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  3. ahahahah, sim, pela 2.ª vez, e olha como nunca consegui repor tenho a data de nascimento oculta, e já notei que muita gente "se esqueceu" de mim hoje ahahaha

    É como tu dizes, indo fazendo a nossa parte, mas realmente ver como nos tratam e tratam os de fora, muitas das vezes, doí. Mas pronto...

    Não mudar a essência não é? ser-se bom, e isso para dormirmos com a consciência descansadinha a almofada todas as noites, faz muita diferença.

    Obrigada pelo carinho Cláudia,
    Beijinhos

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  4. Muitos parabéns! Continuação de um excelente dia. Não há nada melhor do que festejar com os nossos filhotes.
    Também tive os meus "problemitas" com o meu aniversário mas está no passado. Agora festejo sempre bem acompanhada, com os meus piolhitos. ☺️
    Bjs e bom fim de semana!
    SM

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    1. Obrigada pela parabenização SM :)

      Verdade, agora é viver com eles, que tornam tudo realmente muito mais bonito.

      Beijinho e um bom fim de semana

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  5. Parabéns, entendo perfeitamente tudo o que escreves, o ser considerada de forma diferente, quando fazemos o máximo por todos e não somos retribuídos. Tenho um exemplo bom para dar, como já referi a noite de Natal num ano era na casa dos meus pais e no outro na casa dos meus sogros (desde que o meu pai faleceu quando calha com a minha mãe é na minha casa). Ora num dos anos que era em casa dos meus sogros, eu comprei prendas para toda a gente, como aliás fazia todos os anos, e não recebi uma única prenda (sogra, sogro, cunhada mais velha e duas filhas, cunhada mais nova e namorado), e foi muito triste ver toda a gente a desembrulhar presentes e eu não ter um único...o meu marido perguntou-me "não recebeste nada?" e eu nem reagi...devem ter percebido porque a partir desse Natal começaram a fazer "O amigo secreto"; noutro Natal o meu presente e do meu marido, dado pela mãe dele, foi um pano de cozinha...para os dois....enfim...e eu feita parva a dar prendas de + de 20€ e a levar bolo rei, camarão e fatias douradas.....

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    1. Olá,
      Consegui ficar triste por si... em tanta gente ninguém teve consideração de comprar uma simples coisas. Isso dói :(
      Mas realmente há quem ache normal, eu não acho, a família deveria ser a primeira a amar, em palavras, atos e serviços. Enfim...

      Espero que com o passar dos anos as coisas tenham melhorado por aí.

      Beijinho e bom fim de semana

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    2. Não tinha conseguido colocar o nome, mas sou o anónimo das 16:26

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    3. Hoje ao ler este comentário relembro o que senti o ano passado depois de ter comprado com tanto carinho prendas para todos adultos e crianças, mas ver que os mesmos não tiveram o mesmo cuidado com a minha filha... comigo passo bem! não preciso! mas com ela não deixo ficar em branco...
      este ano e nos próximos os meus critérios vão ser diferentes..
      Sempre a aprender...



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    4. Também passei por semelhante com a família do meu marido, felizmente cortámos relações com eles todos, só falo com o meu sogro e não será por muito tempo. Sempre trocaram presentes entre todos, no primeiro ano que passei o natal com eles, levei para toda a gente, não recebi de volta nem 1 caixinha de chocolates de 1 euro. No ano seguinte comunicaram que iriam deixar de trocar presentes entre os adultos, que seria só para as crianças. Tudo bem. Aparecemos lá e afinal toda a gente deu presentes a toda a gente na mesma, só não nos deram a nós. Pelos vistos o problema não era dar aos adultos, mas sim a nós. Percebemos a dica e nunca mais passámos o natal com eles.

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    5. Acontece o mesmo connosco, há prendas à mesma para todos os adultos menos para nós... o problema é que ao contrário de você,s o marido aqui não faz, nem diz nada à família porque é a família dele.....

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    6. Ai mas aqui dissemos e foi mesmo preciso cortar porque isto estava a levar-nos os dois à loucura. Honestamente não estou para isso. Acho que a partir de uma certa altura a família mais importante são o marido/mulher e respectivos filhos. A família nuclear. Se o resto for tóxico para este equilíbrio mais vale cortar mesmo. Também ouvi muitas coisas que não gostei e calei para não me chatear com ninguém mas honestamente não sou de falsidades e depois ir e fingir que está tudo bem e felizmente o meu marido também não!

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  6. Cláudia, já que mencionou o meu comentário. Sabe que questionei exactamente o meu psicólogo sobre isso? Nos meus momentos de "desilusão generalizada ", cheguei a falar com ele sobre isso mesmo. Deixar de fazer pelos outros o que não fazem por mim. Mas aí deixo de ser quem sou. Será contra-natura. E provavelmente far-me-á sentir pior do que sinto quando não sou correspondida. Não sei, nunca tentei, nem tenciono tentar. Mas acho mesmo muito importante impor limites. Eu estou nesse caminho porque lá está como trabalho por conta própria as pessoas à minha volta assumem sempre que posso tudo, que tenho tempo para tudo e que pode recair tudo em cima de mim. Com as partilhas do meu pai está a ser assim. Perdi a conta às vezes que fui a bancos, ctt e solicitadora e nunca ninguém vai comigo. Neste momento a minha irmã está de baixa e nem assim "pode". Ainda hoje fui eu que lhe fui tratar do registo do carro que ela herdou. Só o fiz porque precisava de tratar de outros assuntos no mesmo local, caso contrário seria um não redondo. É preciso não deixar que abusem de nós.

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  7. Parabéns!!! espero que tenha tido um dia fantástico!!! junto daqueles que realmente fazem o seu dia mais colorido e que lhe acrescentam valor.
    Este ano "decidi" deixar de me preocupar tanto com os outros porque afinal eu sou a que estou sempre presente na vida dos outros ! que se lembra de todos os aniversário que manda sms carinhosa.. e comigo poucos o fazem... ou apenas quando precisam... e sinceramente sinto-me mais tranquila e menos desiludida.. no fundo comigo mesma! por não espera demais dos outros! sei quem é a minha base e os que não me largam a mão! NUnca!
    :-)
    Acho que com a idade vamos aprendendo...

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    1. Muito obrigada :)
      É mesmo isso, a nossa parte nós fizemos... e ao longo do caminho vamos sempre aprendendo, e muito.

      Beijinho

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  8. Os meus parabéns, é de lamentar que tenhas passado por tudo isso e que tenham ficado essas recordações, mas pensa que daqui para a frente tudo será diferente e melhor.
    Também fiz anos no dia 15 de Dezembro.
    Que daqui a um ano estejamos cá para contar mais um ano.
    Te desejo tudo de bom, beijinhos
    Lucia P.

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    1. Olá Lucia,
      Então muito parabéns para si também :)

      SIM! Que para o ano cá estejamos todas a contar coisas boas.
      Beijinho

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