Portugal continua a ser um dos poucos países da UE onde o salário mínimo é muito próximo do médio, esta foi a noticia que me fez ir "atrás" do valor do salário médio nacional.
Onde é que anda o resto do meu salário?
Líquidos eu não ganho 1450€ por mês, e ainda fico longe!
Não consigo perceber. Não me queixo do nível de vida que tenho, mas o nosso país PAGA MAL. MUITO MAL.
Se vivesse numa zona mais cara a probabilidade de ter problemas com os gastos era muita.
Sou formada, quadro de empresa e não ganho sequer o salário médio nacional.
É frustrante.
E ainda me preocupa mais, quem recebe o mínimo, com contas para pagar, filhos... alimentação. Tanta gente que devemos ter a passar mal e necessidades.
Dá-me uma raiva destes palermas todos das politicas a gastar milhões outra vez em eleições. Parecem uns palhaços a brincar ao dinheiro. A sério. Dá-me até vontade de chorar.
Bom dia. E sabe o que é pior? A maioria das pessoas acha que a culpa é dos patrões. Mas não é. Eu sou patroa. E não pago o salário mínimo aos meus funcionários. Mas não consigo pagar o médio. Prestamos serviços na área da agricultura e para aumentar o salário tenho de aumentar o preço/h ao cliente. E se aumentar o preço/h deixo de ter trabalho. Simples. Até porque há muitas empresas concorrentes à nossa a pagar o salário mínimo ou nem isso. Há outras que trabalham com gente ao dia, sem contrato, a 40 ou 50 euros por dia. Obviamente eles fazem um preço muito mais barato. É que além de o preço por h ser bem mais baixo, não pagam impostos, nem subsídio de alimentação, férias ou natal, nem medicina no trabalho, etc etc etc. Eu gostava de pagar mais mas não posso. Teria de ser efectivamente o governo a definir aumentos do salário mínimo para que todos fossem obrigados a subir e já agora fiscalizar as pseudo empresas que não têm funcionários legais. É triste.
ResponderEliminarOlá Inês bom dia,
EliminarSim, isso eu sei, e ainda ontem por acaso tive essa conversa com a minha mãe, estive a falar-lhe dos meus aumentos e do quanto o patrão paga a mais para o estado por me ter/mensalmente.
É frustrante é, mas é uma pessoa impecável, exatamente como a Inês descreve fazer com os seus empregados, não tem pessoas ao dia a pagar "por fora", e tem tudo legal. Se sabemos que há concorrentes que não? sabemos, mas cada um com a sua consciência.
Em Portugal paga-se mal ao funcionário em si, mas os custos de ter um funcionário são muitos, vai além do ordenado em si, porque se fosse só o ordenado, acredito que muito estaríamos a receber bem mais.
Beijinho
Ainda bem que tem essa consciência, muitos não têm e acham que a culpa é dos patrões que querem enriquecer à custa dos funcionários. Não é. Já assim somos mais caros que a concorrência, tentamos ser melhores por isso mesmo também. A questão é que ao contratar muita gente só olha ao preço e tendo em conta que temos obras em que pagamos 2h extra por dia a cada funcionário, devido ao tempo de viagem, é logo um aumento enorme face aos concorrentes que só pagam o tempo de trabalho efectivo. Tentamos ser justos mas é um equilíbrio difícil de manter entre subir e deixar de ter trabalho e ter de despedir pessoas, ou manter um salário acima do mínimo mas abaixo do que gostaríamos e conseguir ir tendo sempre trabalho para toda a gente. Não é um exercício fácil e envolve muita ginástica mental e de contas, mas pronto, lá está, nem sempre é valorizado. A verdade é que o estado nos estrangula com impostos, quer a nível pessoal quer a nível empresarial e ficamos com muito pouca margem de manobra. Às vezes queremos dar um prémio de desempenho a alguém, 50 ou 100 euros, mas isso é suficiente para subirem de escalão no IRS e esse dinheiro fica no estado e não no funcionário. Houve um caso caricato que quisemos dar 20 euros por uma situação pontual, o funcionário por causa disso pagou 27 de IRS , ou seja, líquidos, ainda recebeu menos do que se não tivéssemos pago o prémio. Ok que podem ir buscar o IRS depois mas nem toda a gente consegue ir buscar a totalidade de tudo aquilo que é retido ao longo do ano. Situações destas são frustrantes e deixam-nos muitas vezes de mãos atadas, mas os funcionários é connosco que reclamam, como se fôssemos nós que decide quanto é ou não retido mensalmente, ou como se ficássemos com esse dinheiro para nós.
EliminarSim, tenho essa consciência porque também sei e tenho conhecimento desses valores, colegas meus por ex, não e então lá está sem conhecimento muitos acham que são mal pagos e que o patrão não quer pagar mais.
EliminarIsso do irs é muito injusto sim, o meu patrão chega a passar dias inteiros fechado a fazer contas para ver o que pode ou não subir de ordenado para não passarmos a descontar mais, e assim perder o que ele "ia pagar a mais". Enfim, nisso consigo compreender porque também tenho um bom exemplo da chefia.
Mas é como disse, se o encargo com o funcionário fosse só o ordenado muitos recebíamos mesmo muito mais
Aconteceu no prémio que deram no Natal, supostamente era de 250€ na realidade foi de 200€....
Eliminarinfelizmente a empresa não tem culpa... mas pagam smp que pagam mal ..
EliminarE eu fico chocada com a falta de conhecimento da maioria das pessoas, não sabem por exemplo que a empresa só desconta 11% do salário para a segurança social mas depois paga mais 20 e tal % a mais. Agora os recibos já dizem o pseudo custo real que a empresa paga pelo funcionário contabilizando todos os descontos e mesmo assim não é um valor real, faltam os seguros, a medicina no trabalho, as formações, etc etc etc.
EliminarComo eu costumo dizer a quem me diz com desdém que eu tenho uma vidq boq porque sou patroa: abram uma empresa então e sejam patrões também. Qualquer pessoa pode fazê-lo. Simplesmente não é fácil, fora os investimentos que tem de se fazer e empréstimos que têm de se ir pagando mesmo ainda antea de conseguirmos ter lucro (no meu caso de mais de 200.000 euros cada um, já vamos em 2 explorações), as dores de cabeça e contas e continhas que muitas vezes precisamos de fazer para não falhar a ninguém. As noites de sono perdidas. O só pagarmos salários a nós próprios às vezes a meio do mês porque era quando dava. Enfim. Sem comentários. Quem me dera poder pagar salários melhores, juro que adorava. Mas infelizmente isso significava muito provavelmente acabar por fechar portas, porque por causa de querermos fazer tudo direitinho e pagar tudo aos funcionários que é deles por direito é difícil ser competitivo face a empresas que exploram literalmente os funcionários, principalmente agora com os imigrantes. Retiramos 4 de uma empresa que os tinha a viver em contentores e lhes pagava 120-150 euros por mês. É absurdo. Eram capazes de lhes descontar 15 dias de trabalho por mês e os coitados assinavam as folhas sem saber o que estava lá escrito. Enfim.
Realmente... a diferença entre ser sério e não o ser. Que estupidez, lucrar em cima de prejudicar alguém, é que Deus me livre mesmo. É por isso que nunca chego a rica, sou incapaz de pensar sequer em fazer uma coisa dessas.
EliminarFico feliz que a Inês tenha "repescado" esses trabalhadores.
Que mais gente, que possa, faça o bem :)
Eu juro que fiquei chocada com a situação de alguns, a sério, porque imagina, nós descobrimos porque numa situação de maior aperto de trabalho que era meramente pontual, optámos por subcontratar uma empresa em vez de estarmos nós a contratar funcionários e 1 mês depois mandar para o desemprego. Um deles, imagina, trabalhou para nós o mês completo, e no final do mês mostrou-nos o recibo de vencimento e tinha uns 17 dias de falta para justificar tão baixo salário. Nós ficámos chocados, porque sabíamos que ele tinha trabalhado o mês todo. É horrível mesmo. E o pior? É que nem estava a ser explorado por portugueses ou assim (ele é indiano), estava a ser explorado por outro indiano, da área geográfica dele, que o trouxe para cá com a promessa de mundos e fundos. Esse senhor veio, fundou uma empresa, e traz conhecidos para trabalhar na sua própria empresa, explorando-os desta forma. Foi um filme para o conseguir tirar de lá, porque o patrão, já adivinhando a situação, pôs-lo a assinar um documento a dizer que não podiam ser contratados, após término do contrato, durante 1 ano por nenhuma das empresas a quem o patrão tivesse prestado serviço. Tivemos de meter a nossa advogada ao barulho, e acabamos pela forma mais simples, que foi contratá-lo noutra das nossas empresas, porque no fundo temos 3. Assim, a empresa do ex-patrão nunca prestou serviços a esta empresa em concreto logo não há problema legal para ele. Mas isto foi o cúmulo, eles viviam em contentores, foi preciso arranjar casa para eles. Mas ninguém queria alugar casa a indianos, tivemos de ser nós enquanto empresa a alugar casa para eles, e depois tivemos de a mobilar e equipar, que eles a ganharem 100 euros não tinham dinheiro para nada. Não imaginas o choque deles ao receberem o primeiro salário de 1000 e tal euros, perguntaram se não nos tínhamos enganado. E são tão agradecidos, estão sempre a mandar presentes para os meus filhos, um deles foi à Índia e trouxe uma mala para mim e uns ténis para o meu marido. Enfim. É muito triste e só tenho pena que infelizmente não os pude trazer a todos, mas é o mundo que temos. Eu também mesmo sendo patroa nunca ficarei rica, porque faço estas coisas. E pago horas extra e pago o tempo das deslocações e todos os meses dou prémios de desempenho a quem se esforça mais. Enfim. Sou a patroa que empresta dinheiro para comprarem carros (um indiano, queria 1500 euros para comprar um carrito e ninguém lhe emprestava), e que se oferece para pagar a cirurgia da esposa de um dos nossos funcionários portugueses que foi operada no público e ficou com problemas numa mão e não consegue trabalhar. No privado dizem que talvez consigam reverter mas a cirurgia custa 2000 euros e eles com 3 filhas e só com o salário do marido não conseguem pagar. Enfim, nunca serei rica mesmo, mas pelo menos deito-me com a minha consciência tranquila todas as noites.
EliminarE que assim continue.
Olá Inês, emocionei-me muito com este seu último comentário.
EliminarMuito obrigada por mudar a vida dessas pessoas e lhes mostrar que o mundo pode ser algo melhor. Que felicidade eles devem ter tido com os novos salários e uma casinha com dignidade.
Para patrões assim eu desejo sempre o que desejo ao meu, que tenham sempre sucesso e trabalho, porque significa que muita outra gente também tem.
Sobre a cirurgia da esposa de um trabalhador português, mais uma atitude de louvar. Dou-lhe os meus parabéns sinceros.
Essa parte da humanidade parece morta, mas ainda bem que partilha connosco estas verdades, é preciso sermos mais assim, humanos, e sempre que se possa ajudar dentro da medida de tudo o que nos é possível.
Obrigada Inês, de verdade
Um beijinho e que tudo lhe corra mesmo bem nas suas empresas
Sou eu, a teia ;)
EliminarObrigada pelas palavras. Sabes o que é mais feio? Infelizmente há quem tenha inveja. Os funcionários portugueses por exemplo. Mais antigos na empresa. Nós arrendamos casa em nosso nome porque eles não conseguiam mas são eles que pagam a renda (nós adiantamos o primeiro mês e a caução porque eles não tinham mesmo como), entretanto eles devolveram tudo. Os electrodomésticos e mobília que lá está, até roupa de cama e toalhas de banho, foi tudo pago por nós. Mas é nosso. Se os funcionários forem embora aquilo é nosso. Não nos servirá de muito mas é nosso. Os funcionários portugueses acharam muito injusto estarmos a dar-lhes "tudo" quando eles próprios se querem um prato para comer têm de o ir comprar e estes indianos não. Eles no início não tinham carro e então nós mandávamos passarem com a nossa carrinha busca-los a casa, quando fossem a caminho do local de trabalho nesse dia. Até isso lhes metia confusão porque a eles ninguém os ia buscar a casa. O mundo está na sua maioria podre mesmo. Um dos funcionários que mais reclamou meti-o logo na linha porque no ano passado ficou sem carta de condução durante 2 meses e faziamos o mesmo, iam buscá-lo a casa quando fossem para o trabalho, mas as pessoas têm memória curta. É feio. Esse funcionário que a quem oferecemos dinheiro para a cirurgia da mulher foi o único que se prontificou a ajudar, até ofereceu uma cama que tinha a mais sem uso em casa para não termos que comprar tanta coisa, e até eles comprarem carro ia com eles todos os fins de semana às compras. Há pessoas e pessoas, em todo o lado. Infelizmente o que salta mais à vista são os maus. Nós tentamos fazer o que está ao nosso alcance para ajudar aqueles que nos rodeiam e claro, recompensar quem mostra merecer. Não me esqueço que no dia em que o meu marido foi buscar os primeiros indianos para a casa que tinhamos alugado, e eles não tinham praticamente dinheiro nenhum, o meu marido levou-os a comprar umas coisas básicas para terem em casa e eles fizeram questão de mandar logo umas bolachas para o meu marido. É pouco mas eles não tinham quase nada. O meu marido não queria, mas eles insistiram ao ponto de ele não ter como não aceitar. E pronto, estes somos nós, nunca enriqueceremos mas também não faço questão disso, desde que nada nos falte, vou sempre ajudando como e quando posso, e aos funcionários obviamente que pago todos os direitos e recompenso quem merece. Estes indianos por exemplo posso dizer que têm meses que são os que recebem mais na empresa apesar de não serem os que têm salários base mais altos porque sempre que há trabalho chegam-se à frente e fazem horas extra e trabalham aos sábados. Óbvio que chegam ao final do mês e recebem mais que os outros. Mas sai-lhes do corpo. Mas nem imaginas as invejas que isso gera. É muito complicado lidar com pessoas no geral. É a conclusão a que cada vez mais chego.
EliminarBom dia Inês,
EliminarEsse seu funcionário português que os ajudou deve ser bom coração, e deve ser por isso que está a receber de volta as boas ações que fez aos outros, em fazerem à sua esposa. Desejo que a operação/tratamento lhe corra bem. Pessoas de bem merecem o bem e paz.
Sobre o resto, acho que vai ao encontro da sua última frase, é complicado lidar com pessoas sim, veja o meu caso, de por vezes escrever uma coisa e ser logo "atacada" sem sequer me conhecerem.
Esse seu funcionário, o que mais refilou, se já tinha sido ajudado antes deveria ter-se posto nesse lugar, no de quem já precisou.
É triste sim, ao invés de se unirem e ajudarem a empresa a manter-se e a andar para frente, visto que até foi um "empréstimo" tudo o que vocês lhe adiantaram na casa... é triste, mas ainda bem que conseguiu alojar e dar dignidade a essas pessoas, para mais se são trabalhadores comprometidos e empenhados merecem!
Tudo de bom Inês :)
Já lhe disse, daria uma ótima amiga física, e hoje ainda concordo mais com isso, gosto de pessoas assim
Olá!
EliminarEu também me identifico contigo, daí ter passado a comentar mais.
Infelizmente a postura desse nosso funcionário é a postura da maioria das pessoas, preconceito e xenofobia só porque são pessoas de outros países. Para mim, como em todas as culturas, há gente boa e gente má. Simples. E sendo nós um país de emigrantes, juro que me custa a entender este ódio todo para com quem não deu qualquer sinal de ser má pessoa. Enfim.
E também a parte de não valorizar o que já foi feito por si antes, no caso do senhor que ficou sem carta e que era levado e trazido diariamente à porta de casa pelas nossas carrinhas, também espelha a maioria dos funcionários. Só vêem mal em tudo o que o patrão decide, estão sempre a criticar, e por muito que dês nunca é suficiente. Eles são os funcionários que em dias de chuva queriam ficar em casa comigo a pagar (a nossa área é a agricultura), ora bem, onde é que eu ia arranjar dinheiro num inverno como estes que tem sido assim tão chuvoso? Cavava um buraco e plantava? Enfim.
Gosto de ajudar mas também gosto de sentir que me ajudam a mim, quando há um imprevisto e precisamos que se fique a fazer uma ou outra hora extra, esse funcionário em concreto nunca pode, apesar de já ser quase reformado e não ter obrigações, não é o mesmo que alguém que ainda tenha de ir buscar filhos à creche ou assim, mas depois os privilégios quer recebê-los todos. Ficou muito chateado por nunca ter recebido prémio de desempenho, por exemplo, mas é o primeiro a, quando ainda o púnhamos como chefe de equipa, a chegar 10min mais tarde aos clientes e sair 10min mais cedo, foi até começarmos a receber queixas, porque cobrávamos 8h por dia mas eles só trabalhavam pouco mais de 7:30, e então aí vimos mesmo que não podíamos confiar.
Como digo, há de tudo, em todas as culturas.
Mais uma vez obrigada pelas palavras de reconhecimento. Tentamos sempre ajudar quem podemos, dentro e fora da empresa, é pena que muitas vezes isso para além de não ser valorizado, ainda seja criticado. Mas fazemos o que fazemos porque é o que nos manda a nossa consciência e não para termos aprovação de A, B ou C...
Espero que assim continuemos por muitos anos.
Beijinho e boa semana.
Lá está o desleixo pelo trabalho... a comodidade, e depois por ser um dos mais velhos pensa ser normal ou permitido essas quebras de zelo na profissão.
EliminarMas sim, somos um povo muito racista, e não me venham dizer que não, eu perante algumas situações também o sou, com determinadas pessoas/acontecimentos, mas é como a Inês diz, há gente boa e má em todas as culturas, é do género humano e não de país.
Não somos todos bons, nem somos todos maus, em todo o lado, seja qual for o país.
Também temos brasileiros, São tomenses, Indianos, Paquistanês, na nossa empresa, se é fácil? muitas vezes a língua não é, mas até ao momento são pessoas trabalhadoras e a dar continuidade ao trabalho que temos em mãos, aliás, de todos os que entraram ultimamente (3 meses) só um não ficou por fraco desempenho laboral e era.........português.
É preciso querer trabalhar, e eles querem, e são prestáveis, mas infelizmente também se ouve falar mal de muitos que vêm só para fazer disparates, como em Leiria que iam para a frente da escola despir-se e tentar violar meninas.
Beijinho
Trabalho numa das avenidas principais de Leiria, num 1º andar com vista para a av. mesmo que não queira tenho sempre um olho na rua quando há mais barulho. Durante os dias de chuva é +/- tranquilo, mas quando estiveram aqueles dias de sol em Março, parecia que estava num festival... alguém no estacionamento do prédio lembrava-se e era música horas a fio... pensei logo na Cláudia (eutambemtenhoumblog11) e nos vizinhos dela. No Inverno confesso que tinha medo de ir para o carro, aqueles 5 a 8 minutos a pé, no lusco-fusco faziam-me estremecer sempre que cruzava com alguém...não interessa se era português, brasileiro, indiano, etc. Apesar de serem todos estrangeiros os que fizeram porcaria em Leiria, nunca se sabe quando se lembra um português de fazer o mesmo, sabendo que mesmo que sejam apanhados são libertados...
EliminarExato, tenho uma amiga a trabalhar no continente e também tinha muito medo de fazer esses trajectos mesmo que em pouco tempo para o carro. Enfim, ainda bem que a justiça se mexeu, mas demorou ainda.
EliminarEu mesmo num sitio mais pequeno e pacato, também tenho medo de andar sozinha na rua, sempre tive, ando sempre com as chaves na mão, parecendo que não a ponta de uma chave é uma arma, muitas vezes inconsciente mas é mesmo raro o dia que não as tenha na mão, seja em que trajeto for.
Beijinho
* no continente de leiria
EliminarA verdade é mesmo essa, há pessoas boas e más em todas as culturas. E sim, há gente que vem para aqui e vem fazer mal, tal como há portugueses a cometer crimes por esse mundo fora. É mesmo das pessoas e não da nacionalidade ou cor de pele. Também eu me sinto mais insegura na rua, mas a verdade é que a única vez em que estive em perigo, foi numa tentativa de violação quando andava na universidade, em plena luz do dia, num bairro calmo, por um português cinquentão super bem apresentado, daquelas pessoas que podia cruzar-se comigo mesmo à noite que eu não ia sentir medo, e foi ele (felizmente) a única pessoa que me tentou fazer mal. Quanto a funcionários, sim, há muito isso de que por ser antigo na empresa não precisa de se esforçar, porque infelizmente a lei não protege minimamente as empresas, eu para o despedir tenho de lhe pagar uma indemnização brutal, e para ser por justa causa é uma trabalheira burocrática. E eles sabem isso portanto fazem o que querem, basicamente. E sim, os únicos funcionários que tive de dispensar também foram portugueses. Temos um angolano, já tivemos brasileiros que sairam por iniciativa própria, e agora são vários indianos. A barreira linguística é complicada, quer para falar com os nossos funcionários portugueses, quer com os clientes, mas infelizmente não temos alternativa, o povo português já não quer estes trabalhos. Uma empresa que colabora connosco queria um funcionário para operador de máquinas escavadoras, e nem a oferecer 2700 euros aparecia alguém. 2700 euros. É ridículo. Nem um médico ganha isso. Depois pedes ajuda ao centro de emprego, mandam uma lista de 20 pessoas que se devem apresentar, aparece apenas 1 e coitado, com um braço amputado. Tentamos ser inclusivos mas obviamente que trabalho pesado na agricultura não se faz só com um braço. E é isto que temos...
EliminarTambém levo sempre a chave na mão, pelo mesmo motivo, por muito pequena que seja, é uma ajuda, nem que seja só psicológica.
EliminarNum momento de aperto qualquer coisa ajuda. Eu quando fui agarrada, o que me valeu foi um guarda chuva. Era o que tinha na mão.
EliminarBom dia: - Quando se fala em ordenado mensal ou semanal, fala-se em ordenado bruto e não limpo de descontos.
ResponderEliminar.
Deixo votos de muita Saúde, Paz e Amor.
.
Poema: “ Ouço no vento a tua voz “ .
.
Olá Ricardo, eu sei que são brutos... até porque o valor do salário mínimo também é referido em bruto. Mas eu nem no bruto nem no limpo, fico longe do médio
EliminarIsso faz lembrar aquilo que costumam dizer... Eu tenho duas galinhas, tu não tens nenhuma, na média, as duas temos uma galinha.
ResponderEliminarÉ isso que acontece com o ordenado médio.
Gostava de saber se esses ordenados médios são a contar com os balúrdios que ganham os grandes gestores e afins. É que se for, retirem e vamos lá falar a sério de ordenados médios.
Também não ganho isso nem lá perto!
Beijocas
Cláudia - Eutambemtenhoumblog
Olha, excelente exemplo esse das galinhas.
EliminarAhm sim, a partir de um valor de ordenado nem devem contar para estas médias de certezinha.
Somos umas pobres :|
Beijinho
Infelizmente essa média não é nada real, eu também estou longe desses valores, só se incluem SF, SN, e os descontos para a SS e IRS :)
ResponderEliminarPois, em mim igual...
EliminarBastava apresentar a mediana em vez da média. Se mostrassem as estatísticas num histograma veríamos a maioria dos salários próximos do salário mínimo.
ResponderEliminarTenho muitos colegas, licenciados, que estão a ser apanhados pelo aumento do salário mínimo. Alguns optaram por emigrar. Há uns anos até nem ganhavam mal, mas neste momento, ter licenciatura ou não ter é quase a mesma coisa.
O aumento do salário mínimo está a esmagar a classe média e faz com que os bens essenciais aumentem, perdendo-se poder de compra (sem falar nas rendas, que aí é mesmo um disparate!).
Bjs,
SM
Tal e qual, sou licenciada e tenho quem não seja muito próximo a ganhar até mais já, e sim o aumento do salário mínimo tem feito disparar os preços, num geral, e a classe média já não tem o poder que tinha há por exemplo 10 anos atrás
Eliminare os salários mínimos aumentam . outros não! e as empresas têm um aumento brutal de encargos e não conseguem equiparar todos de forma global
ResponderEliminarSim exato, aumentando o salário mínimo não implica todos subirem, muitos não mexem, e assim o mínimo e o médio estão cada vez mais próximos
EliminarMas não se consegue aumentar aos clientes em função desta situação! E por vezes nem sentido faz. mas o problema é quase tudo aumenta! e as empresas começam também a ter problemas de liquidez ..
EliminarPor acaso na minha empresa aumento sempre a todos pelo menos o que aumenta o salário mínimo. Por exemplo, se o salário mínimo aumentar 50 euros, aumento 50 euros a todos. Para ser justo deveria ser feito em percentagem, mas é impossível para nós. Já assim é o que é... Muita ginástica...
EliminarOlá Inês,
EliminarOnde trabalho também é assim, aumentam todos os salários :) o que é bom, e daí tantas contas às vezes necessárias para não ficarmos a perder.