terça-feira, 2 de setembro de 2025

Poupanças do Filhote

O nosso filho tem uma conta no banco desde o 3.º mês de vida, é lá que metemos todo o dinheiro que nos dão (páscoa, aniversário, natal), metemos as ofertas do batismo e ainda parte do pré natal e abono mensal após nascimento (abono esse que desce consideravelmente agora, após os 3 anos/36 meses).

Temos os dois acesso à conta. Embora seja eu que mexa e "decida" valores atingir, tipo metas, e quanto vai para aqui e para ali.

Chegámos em agosto a um patamar de poupança que queríamos fixar nesta conta poupança no banco. Que rende 1,25% ao ano, bruto.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

sábado, 30 de agosto de 2025

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

2 mil certinhos

Já recebi o ordenado de agosto, hoje, e a primeira coisa que fiz de manhã ao movimentar a conta foi acertar a poupança do banco no 2.000,00€.

domingo, 17 de agosto de 2025

Choro. E não tenho vergonha

Não posso deixar de vir escrever. Não, sobre isto.

Porque mexe comigo, porque me afeta, porque nos doi a todos.

Tenho a TV ligada na CMTV, publicidade á parte, o grito das pessoas, o fumo, e a organização dos homens da terra. Conheço isto. Senti isto.

Sei o que é ter o coração nas mãos e os braços dormentes de tanto projetar água para o telhado de casa. A dos meus pais, a minha. A de família.

O que se passa no centro/norte deste país á semanas é de uma dor, de uma irresponsabilidade, de um crime!!! que me choca. Eu sei... Todos os anos falamos do mesmo. Mas não conseguia fingir que não estou a ver, que não estou a sentir e que não me sinto sobressaltada se nos calha aqui, a nós também. (Outra vez.)

Lamento profundamente o que todos, os de frente para o fogo, estão a viver agora. O sabor do fumo na saliva, a dor nos braços, as pernas que deviam correr mais rápido e estão cansadas, os pulmões que se aliviam de respirar a frescura de uma água que até sai quente dos canos. Eu sei. E lamento.

Se pudéssemos nós todos acabar com esta merda. Com esta injustiça. Com este poder que vence e benefícia. (Ahm por favor, aqui ninguém é parvo).

Estou farta.

Chorei ao almoço, porque enquanto comiamos, uma população de 20 pessoas chorava porque estavam a chegar dois carros de bombeiros, dois... Dois carros e aquilo os sensibilizou, perdidos no meio do nada que é este país, e choraram ao receber dois carros de bombeiros, da Guarda, para os ajudar. Dois carros!

É como se fossem anjos. E são. Bem me lembro do quanto peso me saiu de cima quando vi Espanha estar na minha terra em 2017, numa segunda feira de manhã, depois de passarmos o fim de semana todo sozinhos, entregues a nós. Ao barulho das pedras a rebentar com o calor, dos gritos, da água que pesava, das recordações que tínhamos medo de perder se tudo virasse pó e não conseguíssemos salvar nada. Bem me lembro... Aqueles carros, as sirenes, aqueles homens a correr para nós. É um peso que sai da alma antes de sair do corpo.

É preciso irmos viver todos para Lisboa? Estas 20 pessoas desta população estão mal e errados? ( E olhem que as imagens da terra até mostravam limpeza e organização - não me venham cá com a merda da limpeza dos terrenos e etc).

Estar seguro neste país é viver onde? Ter importância para este país é viver onde? Termos apoio neste país é viver onde?

Fds!

Estou tão, tão, tão farta disto.

Bombeiros que não saem de pontos de cruzamento porque não têm ordem? Ordem de quem?! Locais com água de reserva (lagos, ribeiras, linhas de rio onde iam ter sempre onde abastecer e estão parados em estrada porque não têm ordem...

...

Eu bem sei, e a opinião de cada um é a de cada um. Não tenho muita idade, mas vivi a minha vida toda no centro do país, até quando estudei estudei na cidade onde se vive o inferno (Oliv. Hospital) e embora conheça muito de norte a sul é aqui que a minha vida esteve estes anos todos que me cansam a sola dos pés. Eu já vi muito incêndio, muitas aflições e muitas situações de verão. Como disse, vivi cá a minha vida toda. E sabem o que via também muito em criança? Principalmente no inverno?

O reconhecimento dos terrenos, das serras, dos vales e das nossas estradas secundárias, terciárias, etc, pelo nosso comandante de bombeiros. Quando havia fogo dentro da nossa freguesia, viessem as corporações que viessem era a ele (comando) que ouviam e acatavam a ordem de atuar.

Proteção civil?

Que me desculpem se quem me lê, lhes pertence, lhes tem homens e mulheres. Mas é impossível um comando da proteção civil de Lisboa conhecer a minha terra, impossível. Nem os de castelo branco aqui vêm, que são o distrito, quanto mais a capital. 

Não dá...

Entreguem o combate e as linhas das frente aos bombeiros voluntários novamente por favor.

Comprem cisternas, carros, aviões, prevenção e vigia de serras... Mais e mais.

Fds.

Isto não é uma coisa que acontece de dez em dez anos de surpresa!! Acontece todos os anos. TODOS!

Este ano está a ser severamente mais complicado que 2017.

Na sexta feira, um só dia, ardeu a mesma área que em 2017 ao longo de uma semana (?????)

O que é que se passa com este país?

Habitações, plantações, explorações tudo em cinza branca e preta espalhada. Animais.

Máquinas, tratores até sopradores, sopradores!!! De soprar as folhas do jardim eu vejo na mão de populares a soprar linhas de fogo.

Não é possível. Não é. Que me desculpem.

E se eu pudesse suprir esta dor. É aflitivo, sinto tudo o que eles sentem, e este é o problema de viver no interior de Portugal, é que mesmo o fogo não estando nos nossos terrenos, nas nossas terras familiares, e de conhecidos, já todos vivemos esta dor, num ano ou outro, ou em vários. Já todos sentimos, vivemos e gritámos esta dor. Esta aflição. Esta impotência.

É muito.

É mesmo.

(Sim, leiam mesmo as asneiras, eu escrevi-as, eu a pessoa calma, ponderada e responsável. Escrevi, porque as sinto.)



Poupanças do Filhote

O nosso filho tem uma conta no banco desde o 3.º mês de vida, é lá que metemos todo o dinheiro que nos dão (páscoa, aniversário, natal), met...